Em primeiro lugar, me desculpo com meus leitores, e ao mesmo tempo lhes dou a honra de estarem mais e melhores informados, sobre o que ocorre em um mundo de faz de conta, nessa Instituição como em (todas) quaisquer outras as quais queiramos adentrar destemidamente e sem pudor!
Serão órgãos públicos, particulares, comandados por especializados em Harvard, ou na UNIG!
Onde uma das últimas palavras de ordem do ofício de "Administrador" é Aumentar os lucros e evitar ou diminuir gastos de uma forma geral, mesmo que às expensas de vidas humanas!
É apenas essa Instituição que por acaso tive alguma coisa a ver em algum momento da vida, mas pode-se escolher em um leque, que prefiro, aconselhada por meu cardiologista, não me estender, atendo-me a esta em particular!
Lanço mão dos Blogs abaixo relacionados, pedindo a licença a esses heróis da resistência e líderes dessa luta inglória!
OBS: Garanto que foi a primeira e última vez que toco nesse assunto nesse Blog, cujo nome é Pó e Poesia!
Semear oficinadeoracaodeagualonga.blogspot.com
Nos dias em que tudo
nos pareça dar em tristeza
Há que se arrancar a última gota do peito
enxugar e semeá-la no campo em que os risos ainda floresçam.
Há dias em que tudo nos parece inverno
Há que se fecundar a esperança sonolenta
Pra que frutifique o lado esquecido de ser feliz!
Gilzinha
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Esta carta foi escrita já a algum tempo, porém a mesma poderia ser lida a 10 anos atrás, a 50 dias ou a 3
meses! A continuidade do descaso e da maneira como são tratados os
menos afortunados, funcionários adquirentes de lesões corporais,
psíquicas e morais!
Parabenizo
a esse colega e congratulo-me com outros anônimos, milhares existentes
no Brasil, encobertos pela luz da mentira midiástica!
Gilzinha
Gilzinha
http://demitidosdobb.blog.terra.com.br/2010/11/22/carta-ao-presidente-do-banco-do-brasil/
CARTA AO PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL
Guaíba (RS), 20 de novembro de 2010.
Exmo. Sr.
Dr. Aldemir Bendine
DD. Presidente do Banco do Brasil S/A
Dr. Aldemir Bendine
DD. Presidente do Banco do Brasil S/A
Senhor Presidente,
Lamentavelmente
eu me apresento como ex-funcionário do BB e digo isto não só pela
condição de “EX”, mas principalmente porque ao longo dos anos esta
classe de “excluídos da Nação”, vem tentando se comunicar com a direção
do nosso outrora “amado patrão” e via de regra nossas correspondências
são sequer lidas, restando-lhes a lata do lixo, destino idêntico dado
aos anos de dedicação ao trabalho, doação de nossas vidas e dos destinos
de nossas famílias, que a vilania do Governo FHC nos impôs.
O
momento é peculiar, interessante. Assistimos incrédulos o que se passa
com a questão da distribuição do Superavit da Previ, quando reuniões e
mais reuniões nada resolvem, embora saibamos que o comando é do BB.
Num
primeiro momento pode lhe causar estranheza minha manifestação, afinal
de contas, na condição de “ex-funcionário” do BB igualmente sou
“ex-participante” da Previ, motivo pelo qual normalmente somos tratados
com desdém e já estamos cansados do jargão “busquem seus direitos no
Judiciário”, como se este judiciário fosse confiável e insuspeito, já
que no Brasil configura-se a situação ridícula do Poder Público escolher
a dedo os membros das altas cortes, que julgarão as questões onde este
mesmo Poder Público figura como réu na maioria das vezes. Só no Brasil
mesmo!
Não
precisamos pensar muito para definir “Superavit”, é simples, é SOBRA, é
o que ultrapassa a necessidade de um fundo de pensão para cumprir os
compromissos futuros com seus assistidos. Então, quando esta
discrepância ocorre, seria inteligente utilizar-se desses recursos para
resolver questões antigas, que se arrastam ao longo do tempo, que vem
sofrendo solução de continuidade, mas que ao mesmo tempo oferecem um
risco à saúde não só do plano de benefícios, como também ao patrimônio
da instituição BB como um todo.
Certamente
neste momento o Sr. deve estar pensando, que já se passaram 15 anos da
edição do famigerado PDV de 1995 e quase 20 anos do “PDV” de 91,
portanto pode parecer caso encerrado, ou desgastado pelo tempo,
prescrições judiciais são levantadas, prazos decadenciais igualmente,
afinal sua finalidade jurídica é esta mesmo, ou seja, jogar no
esquecimento questões que não foram resolvidas na época devida.
Mas
agora eu me atrevo a entrar no âmago da questão. Agora vamos falar a
verdade pura e simples, sem desculpas judiciais, sem subterfúgios
interpretativos, sem fugas e sem medos. Falemos fora da esfera judicial,
falemos apenas dos fatos da época, das finalidades reais do PDV e,
despidos dos esfarrapados argumentos utilizados no judiciário tanto pelo
BB quanto pela Previ, busquemos simplesmente a moralidade das coisas, a
verdade sem receio e, quem sabe um dia, tomados pelo bom senso,
pedevistas e demitidos do Banco do Brasil possam sentar frente a frente,
olho no olho e discutirem a questão, sem que o BB tenha que baixar a
cabeça pela vergonha que enfrenta perante a Nação, por ter jogado no
lixo uma história de cumplicidade sem precedentes com seu corpo
funcional, quando se utilizou de expedientes espúrios para sanear suas
contas , confiscando o patrimônio de seus funcionários, enxotados aos
borbotões do interior das agências, acreditando num engodo que logo se
desfez.
Senhor
Presidente, o Senhor estava lá em 95, conhece os fatos, sabe da carta
do Ex-Presidente Alcir Calliari ao Ministro da Fazenda alertando para a
dificuldade que o BB enfrentava por conta do pagamento das
aposentadorias do Grupo Pré-67 e sabe que o Governo Federal tinha
inúmeros caminhos para superar a crise, principalmente porque o problema
era e deveria ser resolvido pelo Tesouro Nacional, mas ao invés disso
lançaram mão da imoralidade do PDV, quando sabemos que sua única
finalidade era confiscar o patrimônio dos demitidos para sanear o BB,
como realmente foi feito em dezembro de 1997.
A
coisa toda foi uma brutalidade, quem saiu não teve tempo de pensar e
quem ficou assistiu estupefato a ânsia do BB em livrar-se de seu “maior
patrimônio” a qualquer custo.
A
realidade Senhor Presidente, foi triste, muito triste e perdura até
hoje. Lembra das décadas de 70 e 80? Milagre brasileiro, agências do BB
por todos os cantos, progresso, transformações sociais, cidades que
cresciam do nada, mas agora me diga: Essas agências funcionavam vazias?
Contratavam pessoas do lugar? Não, o Senhor sabe melhor do que eu, que
não era assim.
Tinha
gente lá, amigos nossos, colegas, até nós mesmos estivemos lá. A falta
de escolas, hospitais, médicos, luz, água, esgoto e até dentistas eram
uma constante, ou o Senhor acredita que nos anos 70 o sertão do Piauí,
do Ceará, a floresta amazônica, o pantanal, estavam lotados de médicos e
dentistas? Se hoje ainda não tem, o que diremos daquela época!
Pois
estas pessoas que lá estiveram, formando famílias, criando filhos na
ignorância, sem acesso sequer a um curso superior, ou o Senhor acha que
atrás de uma seringueira tinha uma faculdade? Então, estas pessoas,
bitoladas pela dificuldade que enfrentavam limitadas pela necessidade do
BB em estar lá, em servir o propósito do Governo Federal, foram de uma
hora para outra simplesmente descartados, sem dó nem piedade, apenas
“perdas aceitáveis de um processo econômico”.
Engano,
grande engano, era “gente”, vidas, sonhos criados num concurso público,
esperanças de um futuro seguro que compunha o pacote vendido pelo BB,
pelo qual além de termos pago um preço altíssimo, ainda não o recebemos.
Outra mentira!
Imoralidades, mentiras, enganação? Pois já que estamos falando de “realidades”, vamos à maior delas.
Pergunto:
Porque o tratamento diferenciado entre os pedevistas de 91/95 e os pós
dezembro/97? Claro que a resposta merece um capítulo à parte, mas
simplificando a coisa, posso dizer o seguinte: Os pedevistas de 91
receberam apenas 50% das contribuições pessoais a Previ. Os pedevistas
de 95 receberam 98% das contribuições. Os pedevistas de dezembro/97 em
diante receberam o tal 80% da Reserva Matemática, que explicada é a
contribuição patronal.
Agora
o imoral, o escândalo, a vergonha, a bofetada na cara do pessoal de 91 e
95, pois falta a explicação do motivo pelo qual o BB agiu assim. Pois
eu sei e muita gente sabe. As contribuições do pessoal de 95 tinham que
ser retidas, porque foram elas que proporcionaram o acúmulo do dinheiro
da Previ, que se transformou na operação fraudulenta dos quase 11
bilhões entregues ao BB em dezembro de 1997.
Porque
a partir de dezembro de 1997 o BB “agraciou” os pedevistas com o
incentivo dos 80% da Reserva Matemática? Muito simples, porque já
estando saneado e ainda precisando demitir, deparou-se com uma
dificuldade imensa, pois passados mais de dois anos da saída do pessoal
de 95, os funcionários da ativa já tinham conhecimento que todo mundo
tinha “dado com os burros n’água” e ninguém queria nem ouvir falar de
PDV, principalmente porque sabiam que sequer os financiamentos da Carim
os ex-colegas estavam conseguindo honrar.
Assim
o BB resolveu incentivar as demissões, permitindo o resgate das cotas
patronais e é aí que se cria o inaceitável, a imoralidade, a
bestialidade, quando BB/Previ ao mesmo tempo em que se debatiam nos
tribunais negando as cotas patronais aos pedevistas de 95, entregavam
estas mesmas cotas aos pós-dezembro/97, na maior demonstração de “cara
de pau”, falta de respeito e consideração com aqueles que dedicaram suas
vidas ao Banco.
Senhor
Presidente, muito ainda pode ser dito, um livro posso escrever sem
pestanejar, pois o tema é rico em detalhes, principalmente os mais
sórdidos, criminosos, ridículos, mas não é este meu objetivo, pois como
já disse, não estou preocupado com ações judiciais, passadas ou futuras,
quero apenas a verdade, dizê-la me faz bem, me tranqüiliza, me torna
útil. Utilidade que espero do Senhor e do cargo que ocupa, para que não
deixe passar a oportunidade de ouro que se apresenta agora e resolva
definitivamente a questão dos pedevistas.
Muito
já fizemos, conhecimento de causa não nos falta, temos muita capacidade
de organização e luta. Já chegamos as Cortes Internacionais de Direitos
Humanos e não vamos desistir nunca, pelo menos eu não, mas também
conhecemos a realidade, sabemos o que é possível fazer e o que não é, no
fundo sabemos que nunca mais retornaremos ao BB, até porque “vaso
quebrado não cola”, todavia acreditamos que assim como o BB se utilizou a
vida toda da Previ para resolver uma série de problemas, que o faça
novamente, mas agora por uma causa nobre, por uma questão de respeito
aqueles que um dia foram seus colegas, que partilharam dos mesmos
sonhos, que leram a mesma CIC Rural, a mesma CIC Funci e que também
idolatravam um carimbo de “Gerente Geral” como o ápice de suas vidas.
Deixamos
nosso dinheiro lá na Previ, ou melhor, nos forçaram a deixar. São
público e notório que geramos parte do superávit e agora assistimos,
como mortos de fome em janela de restaurante fino, os outros saborearem
nosso prato predileto.
Podemos
resgatar o que ficou lá, mas também podemos receber um benefício
proporcional, todavia podemos parar de sermos despejados de nossas
casas, porque não temos dinheiro para pagar a Carim.
Isto
é uma vergonha para uma instituição como o Banco do Brasil, que gasta
fortunas na mídia tentando vender uma imagem de segurança, seriedade e
respeito ao cliente, quando ao mesmo tempo pisoteia em seus
ex-funcionários, tratando-os como se lixo fossem.
Senhor
Presidente, o cargo é seu, mas também a decisão de “ser”, ou de “estar”
Presidente do Banco do Brasil e espero, juntamente com os milhares que
me acompanham, que o Senhor não seja apenas mais um que por aí passou,
sem dizer “porque veio”.
Esta
carta não é exclusividade do Senhor, é pública, é da internet. Somos
organizados e ao mesmo tempo em que remeto ao endereço principal, ela
circula por todos os blogs, jornais, revistas, sindicatos, partidos
políticos, igreja e todo o círculo de amigos e colaboradores que
possuímos, para que o País inteiro acompanhe a verdade, da qual ao menos
nós não temos medo.
Saudações,
Ary Taunay Filho
Ex 1.416.100-1
Diretor da ANDEBB-Associação Nacional dos Demitidos do BB
Membro do Movimento Nacional dos Demitidos do BB
“Respeitamos
a Deus por causa daquilo que Ele esconde de nós; e respeitamos as
autoridades por causa daquilo que elas nos explicam”.
(Provérbios)
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http://demitidosdobb.blog.terra.com.br/2010/09/09/assassinados-pelo-banco-do-brail-brasil/
9/9/10
ASSASSINADOS PELO BANCO DO BRASIL & BRASIL
Funcionários
do Banco do Brasil literalmente assassinados, porque ameaçados,
aterrorizados, torturados, levados à depressão, induzidos ao suicídio, à
morte, eis os mártires.
CARLOS GONDIM SAMPAIO, em 10 de fevereiro de 1995, CESEC BANCO DO BRASIL - FORTALEZA (CE), com um tiro de revólver.
BILHETE: “Causa
mortis”: fracassomania – Vírus – COLLOR, FHC e Cia. Sintomas –
desespero total por falta de perspectivas de vida. Remédio – não existe a
curto prazo. Solução viável – só Deus sabe. (XAVIER, 1998, página 25).
EXPEDIDO JOSÉ DA SILVA, em 12 de fevereiro de 1995, CESEC BANCO DO BRASIL - NATAL (RN), com um tiro de revólver;
GERSON SOARES DOS SANTOS, em 24 de março de 1995, CESEC BANCO DO BRASIL – ANDARAÍ (RJ), por envenenamento.
BILHETE: “Foi
a morte a solução encontrada para meus problemas financeiros. Deixo a
vida sem ódio e sem rancor. Com o coração cheio de amor que me perdoe as
pessoas que me cercam e gostam de mim”. (XAVIER, 1998, página 22);
EDINALDO PINHEIRO DOS SANTOS, em 09 de abril de 1995, CESEC BANCO DO BRASIL – MACEIÓ (AL), com golpes de tesoura;
HILTON MATOS MORAIS, CESEC BANCO DO BRASIL – BACABAL (MA), por enforcamento;
MOACIR HUMBERTO BOTELHO, 30 de maio de 1995, DOURADOS (MS);
ULISSES MORENO BENIGNO, 29 de junho de 1995, CESEC BANCO DO BRASIL - PRAÇA DO CARMO – FORTALEZA (CE), com tiro de revólver;
JOSÉ ANTONIO GOMES DA SILVEIRA, em 29 de junho de 1995, BANCO DO BRASIL – OLIVEIRA DOS BREJINHOS (BA), com tiro de revólver;
ANTONIO ESTANISLAU SILVA, em 04
de julho de 1995, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA MORRO DO CHAPÉU (BA), morto
por infarto dentro da agência ao ver seu nome na lista de “elegíveis e
disponíveis”;
FLORINDA YOKO KIKUCH, em 17 de julho de 1995, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA MARECHAL DEODORO – CURITIBA (PR), jogando-se da janela do 12º andar;
LAURO HUBNER, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA IBIRUBÁ (RS);
ISRAEL DOS SANTOS GUERRA, CESEC BANCO DO BRASIL – BAURU (SP), mediante corte dos pulsos;
A indução ao suicídio, as dívidas do funcionários, as ameaças de demissão por causa das dívidas e a fraude no Decreto 81240/78:
Da página 117 do Livro “Metáforas do Brasil”, Dra. Léa Carvalho Rodrigues: “…
a situação de endividamento dos funcionários do BB tornava-se crítica.
Sem reajuste salarial há um ano e sem reposição das perdas
inflacionárias do período anterior ao Plano Real, muitos funcionários
vinham utilizando, seguidamente, o limite do cheque especial e isto
levava a um endividamento crescente em virtude dos altíssimos juros
vigentes à época (cerca de 16% ao mês). As perdas salariais vinham se
acentuando desde 1990… Já em 1992, cerca de 20.000 funcionários (1/6 do
quadro) estavam em situação de inadimplência e o GAREF solicitava da
direção do Banco medidas para recomposição de dívidas - como é
procedimento normal com devedores do Banco”. (Boletim GAREF 18/12/1992).
As medidas tomadas pelo Banco, contudo, só viriam a piorar a situação financeira dos funcionários: Primeiro
retirou-se a comissão dos funcionários endividados, daí como resultado
das perdas financeiras aumentou ainda mais a situação de
endividamento, depois, uma outra medida foi a suspensão do limite do
cheque especial para os funcionários endividados, aumentando o total da
dívida a descoberto e entrando as mesmas em situação de anormalidade. O
GAREF e a ANABB tentaram viabilizar uma forma de negociação das dívidas,
nos mesmos moldes que o Banco empregava com a totalidade dos seus
clientes. A alta administração, no entanto, negou-se a negociar e
liberou a área de recursos humanos para efetuar demissões sem instaurar
processo disciplinar, prática totalmente contrária aos procedimentos
usuais dentro da empresa.
Divulgação das demissões: “Todos
os meses era divulgada uma pequena lista com os nomes, cargo e
localização de funcionários demitidos por iniciativa do Banco. Essa
lista era afixada nos quadros de avisos colocados nos halls de entrada
dos edifícios e sobre ela os funcionários se detinham especulando sobre a
gravidade da ação que teria levado àquela demissão”
O banco provocou a situação e agravou-a: Por
estas razões, a situação do endividamento do funcionalismo em 1994 e
1995 adquiria um caráter mais duro uma vez que, além de não desenvolver
meios para resolver a situação, a alta administração tomava medidas no
sentido de acentuá-la.
Em abril de 1995, o Jornal Correio Braziliense fez uma extensa reportagem sob o título “Dívidas levam bancários ao suicídio”, onde
os casos foram expostos de forma minuciosa, inclusive com divulgação do
conteúdo dos bilhetes deixados. Nessa reportagem manifestaram-se ainda a
presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília e membros da CNB,
dando números sobre o endividamento do funcionalismo e denunciando
a pressão exercida pela alta administração do banco na cobrança das
dívidas e de que estariam de fato ocorrendo demissões ex-officio sem a
instauração de processo disciplinar e com recusa a negociações.
O Banco do Brasil e o Estado Brasileiro assassinaram doze funcionários só no primeiro semestre de 1995: Em
vista dos acontecimentos foi apresentada denúncia em audiência pública
na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e o Banco do
Brasil foi acusado de responsabilidade na ocorrência dos suicídios.
Citavam-se, mormente, as pressões sobre os endividados por meio de
cartas de ameaça de demissão se as dívidas não fossem pagas em 60 dias!
O representante do banco na audiência, Sebastião Fajardo, chefe
do departamento que conduzia processos administrativos dos
funcionários, cínica e hipocritamente afirmou a inexistência de ameaças
de demissão e contestou os números relativos aos suicídios: disse
que foram seis suicídios e quatro tentativas, mas os funcionários
afirmavam serem dez suicídios e oito tentativas, tudo por causa do
endividamento.
O diretor de recursos humanos João Batista Camargo, também tratando a questão em termos numéricos, sem nenhum sentimento afirmaria que “os
números estavam dentro da média considerada normal para essas
ocorrências: 10 casos anuais para um universo de 100.000 empregados” (O Globo 22/06/1995).
“MONTANHA RUSSA DA TRANSIÇÃO“: No
contexto do PDV, a empresa de consultoria contratada utilizou-se de uma
abordagem psicológica baseada no pânico, terror, depressão e morte, o
método objetivava submeter os funcionários a bruscas oscilações
emocionais. Da situação de normalidade oscilariam para inquietação,
temor e ansiedade oriundos dos boatos, depois o choque pelo anúncio do
programa, daí raiva, tristeza e depressão. Neste ponto, os psicólogos
disseram “que aquilo ali era um suicídio”. Alguns funcionários nem chegaram ali, mataram-se ou foram mortos antes.
Enxugar e matar - 30/07/95 - Autor: CLÓVIS ROSSI: … A tensão funcional no BB já vem desde o ano passado e criou uma situação de extrema anormalidade. Os bancários contabilizam 14 suicídios só em 1994 e mais alguns este ano… Há casos de extrema dramaticidade. Um funcionário deu um tiro na cabeça no horário do expediente em uma movimentada agência central de uma capital nordestina. Outra, embebeu com gasolina um cobertor, enrolou-se nele e ateou fogo… Parece pouco crível que “marajás”, rótulo que se tenta indiscriminadamente colar nos funcionários do BB, descubram, de súbito, uma vocação para bonzo… O mais provável é que a política de recursos humanos do banco esteja falhando gravemente. Ainda mais que, ao divulgar os resultados negativos do semestre, a direção do BB aponta o dedo acusador para administrações anteriores e não para os funcionários, o que, de resto, é óbvio… Enxugar os quadros é sempre doloroso, mas às vezes necessário. Levar parte deles ao suicídio, além de doloroso, é imperdoável.
INDUÇÃO AO SUICÍDIO, maquiavelismo explícito e cruel,
para coagir e forçar demissões por causa de dívidas criadas e
estimuladas no contexto da empresa. Porém, a verdadeira causa de toda
esta violência era a necessidade do BB e do Governo brasileiro demitirem
40.000 funcionários para se apropriar de suas aposentadorias
complementares, com esta pilhagem quitarem suas dívidas trabalhistas e
previdenciárias com 40.000 aposentados, compromisso do BB e do acionista
majoritário, governo federal.
MAS hoje sabemos, O DECRETO 81240/78 foi fraudado no
parágrafo segundo do artigo 31, e a fraude eliminou, anulou, RETIROU DA
LEI O DIREITO do PARTICIPANTE DE SAIR DO PLANO (PREVI), SEM PEDIR
DEMISSÃO DO EMPREGO (BB), E RECEBER A RESTITUÇÃO DE 50% DAS
CONTRIBUIÇÕES VERTIDAS PELA EMPRESA E RESPECTIVO EMPREGADO.
Se não fosse esta fraude, todo funcionário endividado poderia sair da PREVI,
perderia sua aposentadoria complementar e deixaria metade das suas
contribuições na PREVI, mas pagaria suas dívidas e manteria seu emprego
no BB, com a sobra, poderia iniciar outro plano complementar de
aposentadoria.
Quem da Casa Civil da Presidência da República, do governo, ou do BB, vai pedir desculpas às famílias? Pior, fazem ainda pior: “O
atual governo do Presidente Lula, através da CASA CIVIL, mantém a
fraude e se nega a decretar a sua nulidade, prejudicando milhares de
trabalhadores honestos.”
SABEMOS O MAL QUE MOVIA E NÃO PERMITIA DEMOVER O BB, PREVI E GOVERNO DAS DEMISSÕES, era
o miserável dinheiro que precisavam roubar dos demitidos para “salvar” o
BANCO DO BRASIL e o TESOURO NACIONAL, quitação de divida nefasta em
troca das vidas de pessoas e famílias, lucraram com a morte de
inocentes.
Também
sabemos o mal que move o governo dos petralhas traíras, estão no
controle dos fundos de pensão e consideram esses recursos privados como
se fossem “partidários”, o baú do PT.
Voltando
ao passado também indecente, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias
da Câmara dos Deputados concordou e renovou a licença para matar do BB, continuaram
as demissões abusivas e criminosas. Os Sindicatos efetuaram
levantamento posterior, registrado, comprovado que foram 28 suicídios de
funcionários do BB no ano de 1995, a considerar ainda dezenas de
aleijamentos e mortes por infartos e acidentes cerebrais vasculares –
AVC.
ADILSON OLIVEIRA, em 07 de março de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA CARANGOLA (MG);
EUGÊNIO CARLOS GURJÃO CORTONESI, em 11 de abril de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA CAJURU (SP), com tiro;
MARCELO ELIAS DO NASCIMENTO, em 14 de abril de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA TAGUANORTE (DF), por enforcamento;
FLÁVIO BRUM RUBERTI, em 17 de maio de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA PORTO ALEGRE (RS), com tiro;
IVANCILDO JOAQUIM FERREIRA, em 15 de junho de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA MAJOR IZIDORO (AL);
MAURÍCIO SANTOS SILVA, em 24 de junho de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA CAMPOS ELÍSEOS (SP), por enforcamento na agência, usando a gravata.
(”Em
24/06/1996 Maurício começou a trabalhar na Agência Campos Elíseos - SP -
encarregado de implementar o setor de recuperação de crédito (RECRE).
Declarava-se satisfeito e empenhado com a nova missão, contou um colega.
Veio, porém, o fim do expediente da última quinta. Hora de ir embora,
de afrouxar a gravata, sete e meia da noite. Todos se vão, Maurício diz
“tchau” e em vez de seguir para o happy hour vai para o 2º andar. Entra
no banheiro e amarra no registro da água, na parede no alto a ponta da
gravata, uma dessas que há muitos anos abraçava-lhe o colarinho de
funcionário dedicado e apaixonado pelo BB. Como que em mais um de seus
gestos severos, calculados, certifica-se apenas que o nó está bem
apertado. O chão o banco já havia se encarregado de roubar-lhe dos pés.
Pela descrição de um colega, os “homens da Superintendência chegaram em
bando na manhã de sexta-feira, praticamente proibindo as pessoas a
falarem sobre o episódio”. Não se sabe se Maurício deixou bilhete para
explicar o inexplicável. Sabe-se apenas que deixou uma mulher, uma
criança de 4 anos, outra de 8 anos e uma terceira de 14, completados na
sexta. Agora senhores idiotas da objetividade são 22 os que cometeram
suicídio. Menos um funcionário na contabilidade macabra do Sr. Paulo
César Ximenes. Muito obrigado”.
Este
pronunciamento foi feito pelo Deputado Federal José Pimentel, que foi
Ministro da Previdência do governo Lula. O Pimentel ainda se lembra do
Maurício, sua família e dos Demitidos do BB? Ou dos outros 22 colegas
que renunciaram à vida por causa de dívidas e das ameaças de demissão?
Dos milhares que morreram ou tiveram suas famílias destruídas por causa
das demissões? Claro que não, mas o petralha, ávido em se aproveitar da
tragédia para discursar e angariar votos se enganou, pois o Maurício
deixou um bilhete, dizia:
BILHETE: “Não
agüento mais trabalhar no Banco. É muita pressão. Sempre procurei fazer
as coisas mais certas possíveis, mas o Banco mudou muito e sinto-me
desamparado. Não existe qualquer falcatrua e nunca roubei nada do Banco.
Apenas o fardo está muito pesado para mim. No ano passado fiz
tratamento com psiquiatra e não melhorei. Espero que a minha família
entenda que eu escolhi esta atitude e me perdoe. Estou doente. Não sei
viver assim. Perdão”. (Do Livro “Liberdade é escravidão”, Dra. Marinina Gruska Benevides);
Importante ressaltar como o BB agia para abafar e esconder os suicídios: “os
homens da Superintendência chegaram em bando na manhã de sexta-feira,
praticamente proibindo as pessoas a falarem sobre o episódio”.
HUGO GOMES DOS SANTOS, em
26 de junho de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA SERROLÂNDIA (BA), aos 51
anos de idade, demitido sem justa causa, de forma abusiva e criminosa,
através do PDV de 1995, sofreu agonia durante um ano, morto por câncer
não diagnosticado na farsa do “exame” demissional do PDV;
PAULO HENRIQUE DIAS CARNEIRO,
17 anos de banco, 42 anos de idade, filhos, foi demitido sem justa
causa, de forma abusiva e criminosa, em Fortaleza (CE), através do PAQ
(1996). A partir daí sua vida financeira e familiar virou de pernas para
o ar. Funcionários do SEEB-CE disseram que o sindicato comprava seus
serviços para ajudá-lo na crise financeira. Paulo Henrique não agüentou
ver sua vida destruída, morto no final de outubro de 1999;
ALEXANDRE DE PAULA BRAQUEHAIS, nove
anos de banco, foi demitido sem justa causa porque “eleito” pelo
gerente BANCO DO BRASIL AGÊNCIA PRAIA DE IRACEMA (CE) para a demissão,
abusiva e criminosamente demitido através do PAQ em 08/04/1996, após seu
retorno de licença-saúde para tratamento psiquiátrico. A partir daí sua
vida financeira e familiar virou de pernas para o ar. Doente mental
(bipolar) diagnosticado ainda quando no BB, o Alexandre sofreu
depressão, alcoolismo, em agonia durante onze anos, morto em abril de
2007;
TARCÍSIO DEZENA DA SILVA, 24
anos de banco, SUPERINTENDENTE REGIONAL do BANCO DO BRASIL CURITIBA
(PR), foi demitido sem justa causa de forma abusiva e criminosa em
03/03/1997, lutava pela reintegração, morto em 2007;
GERENTE DO BANCO DO BRASIL DE ESTIVA GERBI (SP), bancário,
de 44 anos, morador em Mogi Mirim (SP), cometeu suicídio, em
26/02/2008, dentro da própria agência onde trabalhava como gerente.
Segundo informações, o gerente disse ao vigia que pretendia comprar uma
arma e pediu para ver o revólver de calibre 38 que ele portava. O
funcionário entregou a arma descarregada. O gerente percebeu e pediu
também a munição e o vigia, novamente, atendeu ao pedido. No banheiro,
com um tiro na boca.
ROSILDA NUNES DANTAS, em
27 de novembro de 2008, GERENTE DA AGÊNCIA DO BANCO BRASIL ALAGOA
GRANDE, por causa de assédio moral, no interior da agência, com um
disparo contra a própria cabeça.
Os dois últimos casos ocorreram no “BB do Lula”.
Outros demitidos do BB falecidos depois das demissões abusivas e criminosas: Abadio
Martins Fernandes, Adelson Eustáquio de Mesquita, Ademir Rocha Fonseca,
Afonso Maria Ligório Sant’ Ana, Aldo Jorge Armani, Antonio Ibrahim da
Fonseca, Antônio Severian Loureiro, Augusto Kozuki, Carlos de Oliveira
Gomes, Carmelita Oliveira Nunes Santos, Celso dos Reis Sales, Cleude
Maria dos Santos Souza, Ederson Alves de Paiva, Euvaldo Falcão de Lima,
Eziquiel Souza Ribeiro, Florisvaldo Abreu da Silva, Haroldo de Oliveira
Lima, Hugo Gomes dos Santos, José Antônio Tomás de Melo, José
Cláudio de Brito Bacelar, José Dantas de Almeida Júnior, José Eduardo
Viana, José Francisco de Moraes Pereira, José Francisco dos Santos, José
Francisco dos Santos, José Souza Pereira, José Tupinambá Belisário,
José Vicente Tucci, Josenildo Ferreira da Costa, Júlio de Oliveira,
Larri Armando Cattani Veloso, Lauro Mariano Brito Gume Maria Vânia
Batista s, Leonardo Mannes, Luciano Belmiro de Souza, Luiz Carlos Castro
Monteiro, Marco Estrella de Oliveira, Marcus Lustoza Costa, Miguel
Roberto Calil Thomé, Morvan Sousa Lobo, Murilo da Silva Amaral, Nasser
Kayed Atalla, Nelson Augusto de Lima, Odilon Pereira de Castro Souza,
Omar de Oliveira, Pedro Benoski, Raimundo Nonato Ribeiro da Silva,
Renilto Luiz Klein, Rogério Rollim Borges, Ronaldo Tadeu Bizerra de
Souza, Rui Francisco Gomes, Sebastião Bomfim de Souza Alves, Sebastião
José de Lima, Sérgio Cargnin, Sérgio Nunes Messineti, Valdenor Barbalho
da Silva, Waldir Antônio Coelho e
mais centenas, milhares que faleceram no escuro dos seus quartos, no
fundo do poço, desempregados, deprimidos, doentes e no anonimato das
suas misérias e dores.
Muitas informações foram obtidas do trabalho do Dr. Marcelo Augusto Finazzi Santos – Patologia da Solidão: o suicídio de bancários no contexto da nova organização do trabalho- assim resumiu: A
perda do equilíbrio se completa pela constatação de que o discurso
reiteradamente veiculado nos informativos da organização, impregnados de
mensagens de amor à empresa e empregados felizes, contrasta
violentamente com a percepção de realidade do trabalhador… “Falta o
cumprimento da legislação trabalhista, metas de produção condizentes com
a capacidade física e psicológica dos funcionários, assim como o
treinamento dos gestores para lidar com os conflitos. O suicídio tem
sido o desfecho trágico de muitos trabalhadores que sucumbem às
violências do trabalho”, conclui.
OUTRA OPINIÃO: O período de instabilidade e crise interna no BB que se verificou pré e pós Programa de Ajustes foi muito violento, culminando
com casos de suicídios que foram notificados junto aos sindicatos e
órgãos representativos da categoria, mas sem cobertura da mídia
tradicional, que por motivos óbvios não deu muita atenção a este lado do
programa. Os principais motivos registrados eram rebaixamento de
salário, endividamento e desestruturação familiar promovidos em grande
parte pelas realocações compulsórias e pelo Quadro de Excedentes
(subordinado diretamente à Diretoria Geral do BB). (XAVIER, 1998).
No
entanto, todo pai, toda mãe de família, arrimo, quem esteve debaixo
daquelas pressões, ameaças, pânico, terrorismo, sabe, porque em algum
momento também passou por sua cabeça esta idéia, muitos desses colegas
preferiram renunciar à vida para proteger seus familiares, pois
falecidos não poderiam ser demitidos, deixaram pensões.
Suicidas, mártires ou assassinados pelo Banco do Brasil e Estado Brasileiro?
Os
sobreviventes, demitidos, roubados, enganados, perseguidos políticos,
execrados sob regime de exceção pelo próprio poder público, excluídos da
nação, vítimas que, se houver um mínimo de decência, dignidade e
justiça neste GOVERNO LULA, têm que ser reintegrados, restituídos,
reabilitados em todos os direitos, inclusive a imagem perante a
sociedade brasileira e mundial.
bizarra essa história!! Impossível de engolir....
ResponderExcluirPô já leu?! e vc ainda não viu nada! Quem sobrevive, distoa das estatísticas!
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