sexta-feira, 10 de abril de 2009
Guardanapos de Papel
Na minha cidade tem poetas, poetas,
Que chegam sem tambores nem trombetas, trombetas,
E sempre aparecem quando menos aguardados,
guardados, guardados,
Entre livros e sapatos, em baús empoeirados.
Saem de recônditos lugares no ares, nos ares,
Onde vivem com seus pares seus pares, seus pares,
Seus pares e convivem com fantasmas multicores,
de cores, de cores,
Que te pintam as olheiras e te pedem que não chores
Suas ilusões são repartidas partidas, partidas,
Entre mortos e feridas, feridas, feridas,
Mas rexistem com palavras, confundidas,
fundidas, fundidas,
Ao seu triste passo lento pelas ruas
e avenidas.
Não desejam glorias nem medalhas, medalhas,
medalhas,
Se contentam com migalhas, migalhas
Migalhas de canções e brincadeiras
com seus versos dispersos, dispersos,
Obcecados pela busca de tesouros submersos.
Fazem quatrocentos mil projetos, projetos,
projetos,
Que jamais são alcançados cansados, cansados,
Nada disso importa enquanto eles escrevem,
escrevem,
escrevem,
O que sabem que não sabem e o que dizem
que não devem.
Andam pelas ruas os poetas, poetas, poetas,
Como se fossem cometas, cometas, cometas,
Num estranho céu de estrelas idiotas
e outras, e outras,
Cujo brilho sem barulho veste suas caldas tortas.
Na minha cidade tem canetas,
canetas, canetas,
Esvaindo-se em milhares, milhares,
Milhares de palavras retorcidas e confusas,
confusas, confusas,
Em delgados guardanapos, feito moscas
inconclusas.
Andam pelas ruas escrevendo e vendo,
e vendo,
Que eles vêm nos vão dizendo, dizendo,
E sendo eles poetas de verdade enquanto
espiam e piram, e piram,
Não se cansam de falar do que eles juram
que não viram.
Olham para o céu esses poetas, poetas,
poetas,
O que sabem que não sabem e o que dizem
que não devem.
Andam pelas ruas os poetas, poetas, poetas,
Como se fossem cometas, cometas, cometas,
Num estranho céu de estrelas idiotas
e outras, e outras,
Cujo brilho sem barulho veste suas caldas tortas.
Na minha cidade tem canetas,
canetas, canetas,
Esvaindo-se em milhares, milhares,
Milhares de palavras retorcidas e confusas,
confusas, confusas,
Em delgados guardanapos, feito moscas
inconclusas.
Andam pelas ruas escrevendo e vendo,
e vendo,
Que eles vêm nos vão dizendo, dizendo,
E sendo eles poetas de verdade enquanto
espiam e piram, e piram,
Não se cansam de falar do que eles juram
que não viram.
Olham para o céu esses poetas, poetas,
poetas,
Como se fossem lunetas, lunetas, lunáticas,
Lançadas ao espaço e o mundo inteiro,
inteiro, inteiro,
Lançadas ao espaço e o mundo inteiro,
inteiro, inteiro,
Fossem vendo pra depois
voltar pro Rio de Janeiro.
voltar pro Rio de Janeiro.
Por que ouso me chamar de POETA?!
Olho agora teu corpo, tão esguio e altivo,
jovem e seguro. Lembro-me daquele lânguido, viril e
forte, que por tantas vezes conduziu-me aos ventos
distantes, mas me trazem hoje a esse cotidiano
sem cor.
Lembro das tardes, das praias e do sol. E me trouxeram
direto para essas mesas burocráticas, paea esses papeis
obsoletos, e me faz tanta falta esse azul daí de você.
Esse sol que te anda acompanhando e não te solta.
Por aqui chove, neva feito Londres.
E não há tempo para patinar.
Aqui as canetas existem para o incerto,
que é escrever livros Fiscais.
As poesias sofrem também com saudades de você,
você e a poesia são irmãos, são jovens e
não tem horário, não têm cartões de ponto
a lhes aprisionarem.
Queria que tu me
levasses contigo e que com tua alegria me contagiasse.
Mas só me enganou naqueles dias já tão longe.
Será que foi bom vivê-los?
O que não se conhece não se tem saudades
Mas será que merecia viver sem conhecer-te?
A tua ausência enche-me contudo daqueles dias nossos
de 24 horas de risos e beijocas...
PS:Depois de 4 dias de folia, sempre existirá
a cinzenta quarta-feira!!
Gilcéa Trindade
terça-feira, 24 de março de 2009
48 horas de poesia
Ininterruptas.
Como o " alien" fazendo doer no estômago.
Gritavam mandando recados confusos.
como já dissera Gullar ( não há vagas...)
Especializando-se.
São pós graduados, com 2 mestrados, especializados.
Onde estã os estudantes e seus sonhos?
Onde se econderam os amigos?
Por que será que é louco o filósofo gentil, o ecológico que ainda quer salvar o mundo da destruição natural?
Por que fui expulsa desse ambiente? Devo me regozijar, ou lamentar por não poder mais bancar a heroína? Por que minha retórica fajuta?
E os outros, por que será que pensam que o país está crescendo e está rico, e o nível da pobreza baixou, e o desemprego caiu?
Por que será continuam vendendo nossas riquezas e purezas do nosso povo?
Pra que tantas instituições e intenções falsas?
...............................................................
E lhe cobrarão diariamente, suavemente.
Como o " alien" fazendo doer no estômago.
Gritavam mandando recados confusos.
Onde estão os seres humanos?
Fechados fazendo graça em uma vida sem graça, fechados em arquivos,como já dissera Gullar ( não há vagas...)
Especializando-se.
São pós graduados, com 2 mestrados, especializados.
Onde estã os estudantes e seus sonhos?
Não querem ser acadêmicos literários, nem profetas, filósofos, ambietalistas, cronistas.
Onde se econderam os amigos?
Todos camuflados em ternos, e s p e c i a l i z a n d o - s e.
Por que a palavra especial mudou de lugar no dicionário?
Por que será, quem chora é fraco?
Por que será que é louco o filósofo gentil, o ecológico que ainda quer salvar o mundo da destruição natural?
Por que verdes loucos teimam em se jogar na frente de navios pretos.
Por que a conta corrente está virada,
A Instituição Financeira não pagou o cheque, mas cobrou tarifas devidas?
Por que o ser humano não fez provisão? E se não sobrou, por que lhe cobrou?
Por que fui expulsa desse ambiente? Devo me regozijar, ou lamentar por não poder mais bancar a heroína? Por que minha retórica fajuta?
E os outros, por que será que pensam que o país está crescendo e está rico, e o nível da pobreza baixou, e o desemprego caiu?
Por que será continuam vendendo nossas riquezas e purezas do nosso povo?
Pra que tantas instituições e intenções falsas?
...............................................................
E lhe cobrarão diariamente, suavemente.
E mentem suavemente.
sábado, 21 de março de 2009
Poesia de amor e mentes
Psiu, silêncio por favor!
Preciso escutar meu coração!
Quero entender o que diz minh'alma
Não quero ouvir a voz da razão.
Quero também perscrutar as estrelas...
Preciso escutar meu coração!
Quero entender o que diz minh'alma
Não quero ouvir a voz da razão.
Quero também perscrutar as estrelas...
Ouvir o farfalhar das núven
Quero apalpar a brisa amena
Quero apalpar a brisa amena
Ouvindo tambem os anjos a cantar!
Por isso peço só mais um pouquinho.
Preciso ouvir a opinião do ar
Pois meu coração bate fraquinho,
E para mim é difícel escutar.
Silêncio!
Deixem-me ouvir o som do vento
Deixa-me o barulho do silêncio ouvir
Por isso peço só mais um pouquinho.
Preciso ouvir a opinião do ar
Pois meu coração bate fraquinho,
E para mim é difícel escutar.
Silêncio!
Deixem-me ouvir o som do vento
Deixa-me o barulho do silêncio ouvir
Pois do contrário não posso decifrar,
nem realizar o há por vir.
Obrigada agora, já ouvi tudo!
E já posso também compreender
Pois já ouvi a voz da minha consciência
Explicando o que eu precisava saber.
nem realizar o há por vir.
Obrigada agora, já ouvi tudo!
E já posso também compreender
Pois já ouvi a voz da minha consciência
Explicando o que eu precisava saber.
Este singelo poema é da Sra. Geralda Trindade Pinto, escritora, autora de vários livros
e pela Editora Litteris seu sucesso é Contos Infantis da Tia Geralda.
Hoje está com 91 anos, fez um upgrade em seu computador e escreve todo dia além de compor músicas a maioria em homenagem a alguma coisa.
e pela Editora Litteris seu sucesso é Contos Infantis da Tia Geralda.
Hoje está com 91 anos, fez um upgrade em seu computador e escreve todo dia além de compor músicas a maioria em homenagem a alguma coisa.
FICO!
Fico batendo nessa tua porta tão friamente trancada.
Fico rastejando mentalmente e em pés finjo asas para sorrir.
Fico viajando pelas belezas que não vimos, bebendo do vinho doce-amargo que não brindamos.
Fico a te ver binóculamente, tentando em desespero não te deixar fugir do alcance da minha vista.
Fico e fico a sorrir tal e qual macaco de zoológico, fazendo a platéia vibrar com mil palhaçadas.
Fico aqui em baixo dos teus pés, pelo qual sempre passeará sem ao
menos sentir minha carne pisada pelos teus passos.
menos sentir minha carne pisada pelos teus passos.
Fico a ver-te sem ver-te, mesmo que vermelhamente surgisses.
Fico zonza, andando sem caminho, abrindo portas que não se acabam.
Fico a me embebedar em milhares de copos.
E beijo descaradamente outras bocas patéticamente
posterizadas de bruce willis e brad pitts.
posterizadas de bruce willis e brad pitts.
Gilcéa Trindade.
É amigos hoje a noite está linda e é sábado,
sabe o que é ser carioca no Rio, é estrela e areia, é batucada e bastante fossa...
se não o poeta não sobrevive
domingo, 1 de março de 2009
Disseram que eu estava doente!
Ontem disseram que eu estava doente.
Me convenceram de uma doença cardíaca.
Vários médicos, poucos seres humanos.
Me impediram de prosseguir!
Agradeço.
O diagnóstico: " Síndrome do Coração Partido"
Ah sim!
Esse era um poeta.
Meu coração partiu mais de 1 milhão de vezes.
Cada vez que presenciei um adulto batendo em uma criança.Cada vez que não encontrei um certo olhar.
Cada vez que descobri que a amizade dependia de troco.
Esses homens vestidos de branco, fizeram um pacto com a Indiferença.
Esses homens vestidos de branco, fizeram um pacto com a Indiferença.
1 em 1 milhão estão interessados em você.
E esse 1 também deve ter essa síndrome.
O coração partido é mais forte que o de pedra.
Ele tem a capacidade de se partir mais de 1 milhão de vezes. ( como o meu...)
Então há a dor no peito,
então existe a hereditariedade.
Existe peso acima e em cima.
Sim meus caros eu tenho essa doença.
Mas não há lesão no coração músculo.
Há cicatrizes no coração que sente.
E como ele sente!
Então hoje voltei ao primeiro médico, e sabe o que ele me disse?
Não se lembrava mais de mim.
Nem do episódio que gerou 10 exames.
Esse médico juntou dinheiro, não juntou nada na memória.
Mas por falar em dor, vamos parar de falar em dor.
"Procura-se"
O Poeta é um insensível ser
Incompreensivo que não quer entender
Não quer engolir e não consegue escapar
E procura afoito e tenta estender
A loucura libertina que o faz vibrar
Angariar pares que julga exprimir,
Uma angústia rouca, que tenta arrancar
Que cisma em saídas
Que pena encontrar
E pensa ser sábio
E tenta salvar
Ignorando os tocos que o faz tropeçar
Bambeando as pernas, que tentam dizer:
-"Que estão bem! Que lhes deixem que sigam seus passos!"
-"Que seus passos lhes levam onde querem sair,
que seus passos lhes levam aonde querem chegar,
nos buracos visíveis e previsíveis."
E o Poeta não entende nem que entender
E o poeta sózinho insano procura
Um lugar melhor em que possa viver
Que possa entender o que há por inteiro,
Que prossiga sózinho,
Que é esse o destino,
-Quem se candidata a ser seu parceiro?"
Gilcéa.sábado, 14 de fevereiro de 2009
Por que "Pó e poesia"?
Ontem descobri que não sou nada.
Ninguém me disse, as coisas disseram.
Se tenho dinheiro, pagam meu jantar,
se sou convidada, tenho que escolher entre 1000 convites,
se estou bonita, exageram.
Nesta noite longa que vivo, nem sequer tenho um par,
nem sequer minha música predileta toca.
Fico feia e é porque estou perdida e sózinha,
não me dão nem um copo de água para molhar a língua sôfrega.
Não existirão cinzas necessárias para a fênix renascer.
Se tive maus amigos, foi porque os mereci,
se não tenho irmãos foi porque os matei.
Andei sem rumo e amadureci sem estrada.
Hoje quero que alguém me traga o sol, sem filtro solar,
quero que tracem meu destino, não precisa nem ser meu amigo,
nem mesmo gostar de mim. Só preciso de alguém que não deseje minha morte,
já será muita coisa.
" Sei que merecia ser feliz, se feliz tem merecer..."
Todos viraremos pó, as pessoas bonitas ou feias, dentro do padrão ou fora,
as pessoa más e as boazinhas, as louras e as bundudas...
Todas virarão pó.
Mas, e a poesia?
Não meus caros, essas não perecem.
Qual criança, pelo menos com certa base de família e escolar,
nunca ouviu falar em Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Gilcéa Trindade ( brincadeirinha)?...
Qual casamento não precisa de palavras justificantes ou justificadas.
Que cerimonial bacana, ou mesmo chatinho, não lançou mão do recurso literário?
Ás vezes são inócuas palavras,
as vezes só se perdem no vento, as vezes não sensibilizam geral.
Mas muitas vezes já vi muito malandro, lendo um poema e ouvindo um sax do BB King,
chorando igual criança recém-nascida com cólica.
É meus ilustres!
Dirão não! O que se precisa é trabalhar! produzir!
aumentar os números...
" Meu filho se formará, médico, advogado, contador,
economista etc..."
Mas naquela HORA, na hora do encerramento da formatura, citarão poetas ou filósofos, esse inúteis.
Hoje descobri que não sou nada.
Mas descobri que a poeta não morreu.
A executiva bem ( mau ) paga morreu.
Mas a poeta está fazendo 37 anos de carreira.
( Aos 11 anos de idade já tinha 100 poesias escritas)
Não houve festa nem aposentadoria, não recebi FGTS nem auxílio desemprego,
mas acho que estou ganhando a liberdade para exercer essa profissão de fé.
Ainda citarei poetas e poesias, mas por hoje e sendo esse um lançamento, não cansarei os corajosos que estiverem visitando esse blog.
" Pessoas são parecidas com gestos, que se perdem em um vento forte, parecidas com a meia estação, inconstante e hospitaleira, parecidas com sonhos distantes prontos a renovarem sua fé." gilcéa.
Muita paz e calma.
Ninguém me disse, as coisas disseram.
Se tenho dinheiro, pagam meu jantar,
se sou convidada, tenho que escolher entre 1000 convites,
se estou bonita, exageram.
Nesta noite longa que vivo, nem sequer tenho um par,
nem sequer minha música predileta toca.
Fico feia e é porque estou perdida e sózinha,
não me dão nem um copo de água para molhar a língua sôfrega.
Não existirão cinzas necessárias para a fênix renascer.
Se tive maus amigos, foi porque os mereci,
se não tenho irmãos foi porque os matei.
Andei sem rumo e amadureci sem estrada.
Hoje quero que alguém me traga o sol, sem filtro solar,
quero que tracem meu destino, não precisa nem ser meu amigo,
nem mesmo gostar de mim. Só preciso de alguém que não deseje minha morte,
já será muita coisa.
" Sei que merecia ser feliz, se feliz tem merecer..."
Todos viraremos pó, as pessoas bonitas ou feias, dentro do padrão ou fora,
as pessoa más e as boazinhas, as louras e as bundudas...
Todas virarão pó.
Mas, e a poesia?
Não meus caros, essas não perecem.
Qual criança, pelo menos com certa base de família e escolar,
nunca ouviu falar em Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Gilcéa Trindade ( brincadeirinha)?...
Qual casamento não precisa de palavras justificantes ou justificadas.
Que cerimonial bacana, ou mesmo chatinho, não lançou mão do recurso literário?
Ás vezes são inócuas palavras,
as vezes só se perdem no vento, as vezes não sensibilizam geral.
Mas muitas vezes já vi muito malandro, lendo um poema e ouvindo um sax do BB King,
chorando igual criança recém-nascida com cólica.
É meus ilustres!
Dirão não! O que se precisa é trabalhar! produzir!
aumentar os números...
" Meu filho se formará, médico, advogado, contador,
economista etc..."
Mas naquela HORA, na hora do encerramento da formatura, citarão poetas ou filósofos, esse inúteis.
Hoje descobri que não sou nada.
Mas descobri que a poeta não morreu.
A executiva bem ( mau ) paga morreu.
Mas a poeta está fazendo 37 anos de carreira.
( Aos 11 anos de idade já tinha 100 poesias escritas)
Não houve festa nem aposentadoria, não recebi FGTS nem auxílio desemprego,
mas acho que estou ganhando a liberdade para exercer essa profissão de fé.
Ainda citarei poetas e poesias, mas por hoje e sendo esse um lançamento, não cansarei os corajosos que estiverem visitando esse blog.
" Pessoas são parecidas com gestos, que se perdem em um vento forte, parecidas com a meia estação, inconstante e hospitaleira, parecidas com sonhos distantes prontos a renovarem sua fé." gilcéa.
Muita paz e calma.
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