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E se por exemplo, estiver muito puta?
E nem sequer tiver mais vontade de te beijar ou falar
qualquer bobagem?
E se, por exemplo, eu também quiser me colocar bem de viés
Ao lado, a parte, à cavaleiro?
Cismei em cantar que nemzinho o Axl, meu filho brigou
Quis colocar shortinho de biba, acho que me estranhou
Estalou-me o desejo de não tomar remédio hoje!
Então vou pirar do meu jeito, sem educação, razão, nem
aceitação!
Quero mais é sair da linha, sair sozinha, vomitar palavras
de baixo calão.
Não darei esmolas, não serei politicamente correta, não
lerei Nicholas Sparks e sim Xaviera!
Vou é arrotar no teu ouvido palavras machucadoras, pois é o
teu preferir...
Vou ser mal educada e desejar mal dos outros!
Quem sabe então assim, as pessoas me dêem mais Ibope?
O tosco e o grosseiro assolam nossos dias, nem preciso ser
inteligente nem mais sensível para descobrir isso!
Quebraram há tempos meus discos do Caetano...
Se cismar em escrever isso mesmo, sem educação nem pudor nem
coração...
Descobrirei que nessas infortunas palavras estarão o
sacramento dos meus dias de juízo!
Habitarão meus dias de hipotermia e cólera!
Resistirão os de profissão psiquiátricas
Darão-me alta os adeptos de Cazuza
Não me sigam estou me achando!
Me ignorem, estou chorando.
Quero incompreender esses nossos dias cinzas.
Quero deixar meu cabelo embranquecer!
“Don’t worry”
Amanhã mudei de idéia...
"Chão de Estrelas"
Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de 'doirado'
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações
Nosso barracão no morro do salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou
Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda qual bandeiras agitadas
Pareciam um estranho festival
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua furando nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas nos astros distraída
Sem saber que a alegria desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão.
Eu vivia vestido de 'doirado'
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações
Nosso barracão no morro do salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou
Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda qual bandeiras agitadas
Pareciam um estranho festival
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua furando nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas nos astros distraída
Sem saber que a alegria desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão.
"...e não fique tentando descobrir sentidos ocultos por trás do que estou dizendo, sim, eu reconheço que muitas vezes falei por metáforas, e que é chatíssimo falar por metáforas, pelo menos para quem ouve, e depois, você sabe, eu sempre tive essa preocupação idiota de dizer apenas coisas que não ferissem, está bem...Caio F.
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