imagem: opoetaeasolidao.blogspot.com
O poeta é um insensível ser
Incompreensivo e que não quer entender
Não quer engolir e não consegue escapar
Que procura afoito que tenta estender
A loucura libertina que o faz vibrar
Angaria pares que julga exprimir
Uma angústia rouca que pensa arrancar
Que cisma saídas, que pena em encontrar
E pensa ser sábio
E tenta salvar
Ignorando tocos que o faz tropeçar
Bambeando as pernas dos que tentam lhe dizer:
_ Que estão bem! Que lhes deixem que sigam seus passos
Que seus passos lhes levam onde querem sair!
Que seus passos só chegam nos buracos visíveis e previsíveis.
E o poeta não entende nem 'quer entender'
E o poeta sozinho, insano procura
Um lugar melhor em que possa viver
Em que possa entender. O que há por inteiro
Que prossiga sozinho
Que esse é o destino
Quem se candidata a ser seu parceiro?
gilzinha
imagem:opoetaeasolidao.blogspot.com