domingo, 4 de março de 2012

Banco do Brasil- Poema "SEMEAR" - E DESCULPE POR ESSE ARTIGO HORRÍVEL!

 

Em primeiro lugar, me desculpo com meus leitores, e ao mesmo tempo lhes dou a honra de estarem mais e melhores informados, sobre o que ocorre em um mundo de faz de conta, nessa Instituição como em (todas) quaisquer outras as quais queiramos adentrar destemidamente e sem pudor!

Serão órgãos públicos, particulares, comandados por especializados em Harvard, ou na UNIG!

Onde uma das últimas palavras de ordem do ofício de "Administrador" é Aumentar os lucros e evitar ou diminuir gastos de uma forma geral, mesmo que às expensas de vidas humanas!

É apenas essa Instituição que por acaso tive alguma coisa a ver em algum momento da vida, mas pode-se escolher em um leque, que prefiro, aconselhada por meu cardiologista, não me estender, atendo-me a esta em particular!

Lanço mão dos Blogs abaixo relacionados, pedindo a licença a esses heróis da resistência e líderes dessa luta inglória! 

  OBS: Garanto que foi a primeira e última vez que toco nesse assunto nesse Blog, cujo nome é Pó e Poesia!

Semear                           oficinadeoracaodeagualonga.blogspot.com

Nos dias em que tudo 

nos pareça dar em tristeza

Há que se arrancar a última gota do peito 

enxugar e semeá-la no campo em que os risos ainda floresçam.

Há dias em que tudo nos parece inverno

Há que se fecundar a esperança sonolenta

Pra que frutifique o lado esquecido de ser feliz!

Gilzinha

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Esta carta foi escrita já a algum tempo, porém a mesma poderia ser lida a 10 anos atrás, a 50 dias ou a 3 meses! A continuidade do descaso e da maneira como são tratados os menos afortunados, funcionários adquirentes de lesões corporais, psíquicas e morais!
Parabenizo a esse colega e congratulo-me com outros anônimos, milhares existentes no Brasil, encobertos pela luz da mentira midiástica!
Gilzinha

 http://demitidosdobb.blog.terra.com.br/2010/11/22/carta-ao-presidente-do-banco-do-brasil/

 CARTA AO PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL





Guaíba (RS), 20 de novembro de 2010.
Exmo. Sr.
Dr. Aldemir Bendine
DD. Presidente do Banco do Brasil S/A
Senhor Presidente,
Lamentavelmente eu me apresento como ex-funcionário do BB e digo isto não só pela condição de “EX”, mas principalmente porque ao longo dos anos esta classe de “excluídos da Nação”, vem tentando se comunicar com a direção do nosso outrora “amado patrão” e via de regra nossas correspondências são sequer lidas, restando-lhes a lata do lixo, destino idêntico dado aos anos de dedicação ao trabalho, doação de nossas vidas e dos destinos de nossas famílias, que a vilania do Governo FHC nos impôs.
O momento é peculiar, interessante. Assistimos incrédulos o que se passa com a questão da distribuição do Superavit da Previ, quando reuniões e mais reuniões nada resolvem, embora saibamos que o comando é do BB.
Num primeiro momento pode lhe causar estranheza minha manifestação, afinal de contas, na condição de “ex-funcionário” do BB igualmente sou “ex-participante” da Previ, motivo pelo qual normalmente somos tratados com desdém e já estamos cansados do jargão “busquem seus direitos no Judiciário”, como se este judiciário fosse confiável e insuspeito, já que no Brasil configura-se a situação ridícula do Poder Público escolher a dedo os membros das altas cortes, que julgarão as questões onde este mesmo Poder Público figura como réu na maioria das vezes. Só no Brasil mesmo!
Não precisamos pensar muito para definir “Superavit”, é simples, é SOBRA, é o que ultrapassa a necessidade de um fundo de pensão para cumprir os compromissos futuros com seus assistidos. Então, quando esta discrepância ocorre, seria inteligente utilizar-se desses recursos para resolver questões antigas, que se arrastam ao longo do tempo, que vem sofrendo solução de continuidade, mas que ao mesmo tempo oferecem um risco à saúde não só do plano de benefícios, como também ao patrimônio da instituição BB como um todo.
Certamente neste momento o Sr. deve estar pensando, que já se passaram 15 anos da edição do famigerado PDV de 1995 e quase 20 anos do “PDV” de 91, portanto pode parecer caso encerrado, ou desgastado pelo tempo, prescrições judiciais são levantadas, prazos decadenciais igualmente, afinal sua finalidade jurídica é esta mesmo, ou seja, jogar no esquecimento questões que não foram resolvidas na época devida.
Mas agora eu me atrevo a entrar no âmago da questão. Agora vamos falar a verdade pura e simples, sem desculpas judiciais, sem subterfúgios interpretativos, sem fugas e sem medos. Falemos fora da esfera judicial, falemos apenas dos fatos da época, das finalidades reais do PDV e, despidos dos esfarrapados argumentos utilizados no judiciário tanto pelo BB quanto pela Previ, busquemos simplesmente a moralidade das coisas, a verdade sem receio e, quem sabe um dia, tomados pelo bom senso, pedevistas e demitidos do Banco do Brasil possam sentar frente a frente, olho no olho e discutirem a questão, sem que o BB tenha que baixar a cabeça pela vergonha que enfrenta perante a Nação, por ter jogado no lixo uma história de cumplicidade sem precedentes com seu corpo funcional, quando se utilizou de expedientes espúrios para sanear suas contas , confiscando o patrimônio de seus funcionários, enxotados aos borbotões do interior das agências, acreditando num engodo que logo se desfez.
Senhor Presidente, o Senhor estava lá em 95, conhece os fatos, sabe da carta do Ex-Presidente Alcir Calliari ao Ministro da Fazenda alertando para a dificuldade que o BB enfrentava por conta do pagamento das aposentadorias do Grupo Pré-67 e sabe que o Governo Federal tinha inúmeros caminhos para superar a crise, principalmente porque o problema era e deveria ser resolvido pelo Tesouro Nacional, mas ao invés disso lançaram mão da imoralidade do PDV, quando sabemos que sua única finalidade era confiscar o patrimônio dos demitidos para sanear o BB, como realmente foi feito em dezembro de 1997.
A coisa toda foi uma brutalidade, quem saiu não teve tempo de pensar e quem ficou assistiu estupefato a ânsia do BB em livrar-se de seu “maior patrimônio” a qualquer custo.
A realidade Senhor Presidente, foi triste, muito triste e perdura até hoje. Lembra das décadas de 70 e 80? Milagre brasileiro, agências do BB por todos os cantos, progresso, transformações sociais, cidades que cresciam do nada, mas agora me diga: Essas agências funcionavam vazias? Contratavam pessoas do lugar? Não, o Senhor sabe melhor do que eu, que não era assim.
Tinha gente lá, amigos nossos, colegas, até nós mesmos estivemos lá. A falta de escolas, hospitais, médicos, luz, água, esgoto e até dentistas eram uma constante, ou o Senhor acredita que nos anos 70 o sertão do Piauí, do Ceará, a floresta amazônica, o pantanal, estavam lotados de médicos e dentistas? Se hoje ainda não tem, o que diremos daquela época!
Pois estas pessoas que lá estiveram, formando famílias, criando filhos na ignorância, sem acesso sequer a um curso superior, ou o Senhor acha que atrás de uma seringueira tinha uma faculdade? Então, estas pessoas, bitoladas pela dificuldade que enfrentavam limitadas pela necessidade do BB em estar lá, em servir o propósito do Governo Federal, foram de uma hora para outra simplesmente descartados, sem dó nem piedade, apenas “perdas aceitáveis de um processo econômico”.
Engano, grande engano, era “gente”, vidas, sonhos criados num concurso público, esperanças de um futuro seguro que compunha o pacote vendido pelo BB, pelo qual além de termos pago um preço altíssimo, ainda não o recebemos. Outra mentira!
Imoralidades, mentiras, enganação? Pois já que estamos falando de “realidades”, vamos à maior delas.
Pergunto: Porque o tratamento diferenciado entre os pedevistas de 91/95 e os pós dezembro/97? Claro que a resposta merece um capítulo à parte, mas simplificando a coisa, posso dizer o seguinte: Os pedevistas de 91 receberam apenas 50% das contribuições pessoais a Previ. Os pedevistas de 95 receberam 98% das contribuições. Os pedevistas de dezembro/97 em diante receberam o tal 80% da Reserva Matemática, que explicada é a contribuição patronal.
Agora o imoral, o escândalo, a vergonha, a bofetada na cara do pessoal de 91 e 95, pois falta a explicação do motivo pelo qual o BB agiu assim. Pois eu sei e muita gente sabe. As contribuições do pessoal de 95 tinham que ser retidas, porque foram elas que proporcionaram o acúmulo do dinheiro da Previ, que se transformou na operação fraudulenta dos quase 11 bilhões entregues ao BB em dezembro de 1997.
Porque a partir de dezembro de 1997 o BB “agraciou” os pedevistas com o incentivo dos 80% da Reserva Matemática? Muito simples, porque já estando saneado e ainda precisando demitir, deparou-se com uma dificuldade imensa, pois passados mais de dois anos da saída do pessoal de 95, os funcionários da ativa já tinham conhecimento que todo mundo tinha “dado com os burros n’água” e ninguém queria nem ouvir falar de PDV, principalmente porque sabiam que sequer os financiamentos da Carim os ex-colegas estavam conseguindo honrar.
Assim o BB resolveu incentivar as demissões, permitindo o resgate das cotas patronais e é aí que se cria o inaceitável, a imoralidade, a bestialidade, quando BB/Previ ao mesmo tempo em que se debatiam nos tribunais negando as cotas patronais aos pedevistas de 95, entregavam estas mesmas cotas aos pós-dezembro/97, na maior demonstração de “cara de pau”, falta de respeito e consideração com aqueles que dedicaram suas vidas ao Banco.
Senhor Presidente, muito ainda pode ser dito, um livro posso escrever sem pestanejar, pois o tema é rico em detalhes, principalmente os mais sórdidos, criminosos, ridículos, mas não é este meu objetivo, pois como já disse, não estou preocupado com ações judiciais, passadas ou futuras, quero apenas a verdade, dizê-la me faz bem, me tranqüiliza, me torna útil. Utilidade que espero do Senhor e do cargo que ocupa, para que não deixe passar a oportunidade de ouro que se apresenta agora e resolva definitivamente a questão dos pedevistas.
Muito já fizemos, conhecimento de causa não nos falta, temos muita capacidade de organização e luta. Já chegamos as Cortes Internacionais de Direitos Humanos e não vamos desistir nunca, pelo menos eu não, mas também conhecemos a realidade, sabemos o que é possível fazer e o que não é, no fundo sabemos que nunca mais retornaremos ao BB, até porque “vaso quebrado não cola”, todavia acreditamos que assim como o BB se utilizou a vida toda da Previ para resolver uma série de problemas, que o faça novamente, mas agora por uma causa nobre, por uma questão de respeito aqueles que um dia foram seus colegas, que partilharam dos mesmos sonhos, que leram a mesma CIC Rural, a mesma CIC Funci e que também idolatravam um carimbo de “Gerente Geral” como o ápice de suas vidas.
Deixamos nosso dinheiro lá na Previ, ou melhor, nos forçaram a deixar. São público e notório que geramos parte do superávit e agora assistimos, como mortos de fome em janela de restaurante fino, os outros saborearem nosso prato predileto.
Podemos resgatar o que ficou lá, mas também podemos receber um benefício proporcional, todavia podemos parar de sermos despejados de nossas casas, porque não temos dinheiro para pagar a Carim.

Isto é uma vergonha para uma instituição como o Banco do Brasil, que gasta fortunas na mídia tentando vender uma imagem de segurança, seriedade e respeito ao cliente, quando ao mesmo tempo pisoteia em seus ex-funcionários, tratando-os como se lixo fossem.
Senhor Presidente, o cargo é seu, mas também a decisão de “ser”, ou de “estar” Presidente do Banco do Brasil e espero, juntamente com os milhares que me acompanham, que o Senhor não seja apenas mais um que por aí passou, sem dizer “porque veio”.
Esta carta não é exclusividade do Senhor, é pública, é da internet. Somos organizados e ao mesmo tempo em que remeto ao endereço principal, ela circula por todos os blogs, jornais, revistas, sindicatos, partidos políticos, igreja e todo o círculo de amigos e colaboradores que possuímos, para que o País inteiro acompanhe a verdade, da qual ao menos nós não temos medo.
Saudações,
Ary Taunay Filho
Ex 1.416.100-1
Diretor da ANDEBB-Associação Nacional dos Demitidos do BB
Membro do Movimento Nacional dos Demitidos do BB
“Respeitamos a Deus por causa daquilo que Ele esconde de nós; e respeitamos as autoridades por causa daquilo que elas nos explicam”.


(Provérbios)

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http://demitidosdobb.blog.terra.com.br/2010/09/09/assassinados-pelo-banco-do-brail-brasil/

9/9/10

ASSASSINADOS PELO BANCO DO BRASIL & BRASIL

Funcionários do Banco do Brasil literalmente assassinados, porque ameaçados, aterrorizados, torturados, levados à depressão, induzidos ao suicídio, à morte, eis os mártires.
 
CARLOS GONDIM SAMPAIO, em 10 de fevereiro de 1995, CESEC BANCO DO BRASIL - FORTALEZA (CE), com um tiro de revólver.
BILHETE: “Causa mortis”: fracassomania – Vírus – COLLOR, FHC e Cia. Sintomas – desespero total por falta de perspectivas de vida. Remédio – não existe a curto prazo. Solução viável – só Deus sabe. (XAVIER, 1998, página 25).

EXPEDIDO JOSÉ DA SILVA, em 12 de fevereiro de 1995, CESEC BANCO DO BRASIL - NATAL (RN), com um tiro de revólver;


GERSON SOARES DOS SANTOS, em 24 de março de 1995, CESEC BANCO DO BRASIL – ANDARAÍ (RJ), por envenenamento.
BILHETE: Foi a morte a solução encontrada para meus problemas financeiros. Deixo a vida sem ódio e sem rancor. Com o coração cheio de amor que me perdoe as pessoas que me cercam e gostam de mim”. (XAVIER, 1998, página 22);

EDINALDO PINHEIRO DOS SANTOS, em 09 de abril de 1995, CESEC BANCO DO BRASIL – MACEIÓ (AL), com golpes de tesoura;

HILTON MATOS MORAIS, CESEC BANCO DO BRASIL – BACABAL (MA), por enforcamento;

MOACIR HUMBERTO BOTELHO, 30 de maio de 1995, DOURADOS (MS);

ULISSES MORENO BENIGNO, 29 de junho de 1995, CESEC BANCO DO BRASIL - PRAÇA DO CARMO – FORTALEZA (CE), com tiro de revólver;

JOSÉ ANTONIO GOMES DA SILVEIRA, em 29 de junho de 1995, BANCO DO BRASIL – OLIVEIRA DOS BREJINHOS (BA), com tiro de revólver;

ANTONIO ESTANISLAU SILVA, em 04 de julho de 1995, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA MORRO DO CHAPÉU (BA), morto por infarto dentro da agência ao ver seu nome na lista de “elegíveis e disponíveis”;


FLORINDA YOKO KIKUCH, em 17 de julho de 1995, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA MARECHAL DEODORO – CURITIBA (PR), jogando-se da janela do 12º andar;

LAURO HUBNER, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA IBIRUBÁ (RS);


ISRAEL DOS SANTOS GUERRA, CESEC BANCO DO BRASIL – BAURU (SP), mediante corte dos pulsos;

A indução ao suicídio, as dívidas do funcionários, as ameaças de demissão por causa das dívidas e a fraude no Decreto 81240/78:
Da página 117 do Livro “Metáforas do Brasil”, Dra. Léa Carvalho Rodrigues: “… a situação de endividamento dos funcionários do BB tornava-se crítica. Sem reajuste salarial há um ano e sem reposição das perdas inflacionárias do período anterior ao Plano Real, muitos funcionários vinham utilizando, seguidamente, o limite do cheque especial e isto levava a um endividamento crescente em virtude dos altíssimos juros vigentes à época (cerca de 16% ao mês). As perdas salariais vinham se acentuando desde 1990… Já em 1992, cerca de 20.000 funcionários (1/6 do quadro) estavam em situação de inadimplência e o GAREF solicitava da direção do Banco medidas para recomposição de dívidas - como é procedimento normal com devedores do Banco”. (Boletim GAREF 18/12/1992).
As medidas tomadas pelo Banco, contudo, só viriam a piorar a situação financeira dos funcionários: Primeiro retirou-se a comissão dos funcionários endividados, daí como resultado das perdas financeiras aumentou ainda mais a situação de endividamento, depois, uma outra medida foi a suspensão do limite do cheque especial para os funcionários endividados, aumentando o total da dívida a descoberto e entrando as mesmas em situação de anormalidade. O GAREF e a ANABB tentaram viabilizar uma forma de negociação das dívidas, nos mesmos moldes que o Banco empregava com a totalidade dos seus clientes. A alta administração, no entanto, negou-se a negociar e liberou a área de recursos humanos para efetuar demissões sem instaurar processo disciplinar, prática totalmente contrária aos procedimentos usuais dentro da empresa.
Divulgação das demissões: “Todos os meses era divulgada uma pequena lista com os nomes, cargo e localização de funcionários demitidos por iniciativa do Banco. Essa lista era afixada nos quadros de avisos colocados nos halls de entrada dos edifícios e sobre ela os funcionários se detinham especulando sobre a gravidade da ação que teria levado àquela demissão”
O banco provocou a situação e agravou-a: Por estas razões, a situação do endividamento do funcionalismo em 1994 e 1995 adquiria um caráter mais duro uma vez que, além de não desenvolver meios para resolver a situação, a alta administração tomava medidas no sentido de acentuá-la.
Em abril de 1995, o Jornal Correio Braziliense fez uma extensa reportagem sob o título “Dívidas levam bancários ao suicídio”, onde os casos foram expostos de forma minuciosa, inclusive com divulgação do conteúdo dos bilhetes deixados. Nessa reportagem manifestaram-se ainda a presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília e membros da CNB, dando números sobre o endividamento do funcionalismo e denunciando a pressão exercida pela alta administração do banco na cobrança das dívidas e de que estariam de fato ocorrendo demissões ex-officio sem a instauração de processo disciplinar e com recusa a negociações.
O Banco do Brasil e o Estado Brasileiro assassinaram doze funcionários só no primeiro semestre de 1995: Em vista dos acontecimentos foi apresentada denúncia em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e o Banco do Brasil foi acusado de responsabilidade na ocorrência dos suicídios. Citavam-se, mormente, as pressões sobre os endividados por meio de cartas de ameaça de demissão se as dívidas não fossem pagas em 60 dias!
O representante do banco na audiência, Sebastião Fajardo, chefe do departamento que conduzia processos administrativos dos funcionários, cínica e hipocritamente afirmou a inexistência de ameaças de demissão e contestou os números relativos aos suicídios: disse que foram seis suicídios e quatro tentativas, mas os funcionários afirmavam serem dez suicídios e oito tentativas, tudo por causa do endividamento.
O diretor de recursos humanos João Batista Camargo, também tratando a questão em termos numéricos, sem nenhum sentimento afirmaria que “os números estavam dentro da média considerada normal para essas ocorrências: 10 casos anuais para um universo de 100.000 empregados” (O Globo 22/06/1995).
“MONTANHA RUSSA DA TRANSIÇÃO“: No contexto do PDV, a empresa de consultoria contratada utilizou-se de uma abordagem psicológica baseada no pânico, terror, depressão e morte, o método objetivava submeter os funcionários a bruscas oscilações emocionais. Da situação de normalidade oscilariam para inquietação, temor e ansiedade oriundos dos boatos, depois o choque pelo anúncio do programa, daí raiva, tristeza e depressão. Neste ponto, os psicólogos disseram “que aquilo ali era um suicídio”. Alguns funcionários nem chegaram ali, mataram-se ou foram mortos antes.

Enxugar e matar - 30/07/95 - Autor: CLÓVIS ROSSI: … A tensão funcional no BB já vem desde o ano passado e criou uma situação de extrema anormalidade. Os bancários contabilizam 14 suicídios só em 1994 e mais alguns este ano… Há casos de extrema dramaticidade. Um funcionário deu um tiro na cabeça no horário do expediente em uma movimentada agência central de uma capital nordestina. Outra, embebeu com gasolina um cobertor, enrolou-se nele e ateou fogo… Parece pouco crível que “marajás”, rótulo que se tenta indiscriminadamente colar nos funcionários do BB, descubram, de súbito, uma vocação para bonzo… O mais provável é que a política de recursos humanos do banco esteja falhando gravemente. Ainda mais que, ao divulgar os resultados negativos do semestre, a direção do BB aponta o dedo acusador para administrações anteriores e não para os funcionários, o que, de resto, é óbvio… Enxugar os quadros é sempre doloroso, mas às vezes necessário. Levar parte deles ao suicídio, além de doloroso, é imperdoável.

INDUÇÃO AO SUICÍDIO, maquiavelismo explícito e cruel, para coagir e forçar demissões por causa de dívidas criadas e estimuladas no contexto da empresa. Porém, a verdadeira causa de toda esta violência era a necessidade do BB e do Governo brasileiro demitirem 40.000 funcionários para se apropriar de suas aposentadorias complementares, com esta pilhagem quitarem suas dívidas trabalhistas e previdenciárias com 40.000 aposentados, compromisso do BB e do acionista majoritário, governo federal.
MAS hoje sabemos, O DECRETO 81240/78 foi fraudado no parágrafo segundo do artigo 31, e a fraude eliminou, anulou, RETIROU DA LEI O DIREITO do PARTICIPANTE DE SAIR DO PLANO (PREVI), SEM PEDIR DEMISSÃO DO EMPREGO (BB), E RECEBER A RESTITUÇÃO DE 50% DAS CONTRIBUIÇÕES VERTIDAS PELA EMPRESA E RESPECTIVO EMPREGADO.
Se não fosse esta fraude, todo funcionário endividado poderia sair da PREVI, perderia sua aposentadoria complementar e deixaria metade das suas contribuições na PREVI, mas pagaria suas dívidas e manteria seu emprego no BB, com a sobra, poderia iniciar outro plano complementar de aposentadoria.
Quem da Casa Civil da Presidência da República, do governo, ou do BB, vai pedir desculpas às famílias? Pior, fazem ainda pior: “O atual governo do Presidente Lula, através da CASA CIVIL, mantém a fraude e se nega a decretar a sua nulidade, prejudicando milhares de trabalhadores honestos.”
SABEMOS O MAL QUE MOVIA E NÃO PERMITIA DEMOVER O BB, PREVI E GOVERNO DAS DEMISSÕES, era o miserável dinheiro que precisavam roubar dos demitidos para “salvar” o BANCO DO BRASIL e o TESOURO NACIONAL, quitação de divida nefasta em troca das vidas de pessoas e famílias, lucraram com a morte de inocentes.
Também sabemos o mal que move o governo dos petralhas traíras, estão no controle dos fundos de pensão e consideram esses recursos privados como se fossem “partidários”, o baú do PT.
Voltando ao passado também indecente, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados concordou e renovou a licença para matar do BB, continuaram as demissões abusivas e criminosas. Os Sindicatos efetuaram levantamento posterior, registrado, comprovado que foram 28 suicídios de funcionários do BB no ano de 1995, a considerar ainda dezenas de aleijamentos e mortes por infartos e acidentes cerebrais vasculares – AVC.


ADILSON OLIVEIRA, em 07 de março de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA CARANGOLA (MG);


EUGÊNIO CARLOS GURJÃO CORTONESI, em 11 de abril de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA CAJURU (SP), com tiro;


MARCELO ELIAS DO NASCIMENTO, em 14 de abril de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA TAGUANORTE (DF), por enforcamento;

FLÁVIO BRUM RUBERTI, em 17 de maio de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA PORTO ALEGRE (RS), com tiro;


IVANCILDO JOAQUIM FERREIRA, em 15 de junho de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA MAJOR IZIDORO (AL);


MAURÍCIO SANTOS SILVA, em 24 de junho de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA CAMPOS ELÍSEOS (SP), por enforcamento na agência, usando a gravata.
(”Em 24/06/1996 Maurício começou a trabalhar na Agência Campos Elíseos - SP - encarregado de implementar o setor de recuperação de crédito (RECRE). Declarava-se satisfeito e empenhado com a nova missão, contou um colega. Veio, porém, o fim do expediente da última quinta. Hora de ir embora, de afrouxar a gravata, sete e meia da noite. Todos se vão, Maurício diz “tchau” e em vez de seguir para o happy hour vai para o 2º andar. Entra no banheiro e amarra no registro da água, na parede no alto a ponta da gravata, uma dessas que há muitos anos abraçava-lhe o colarinho de funcionário dedicado e apaixonado pelo BB. Como que em mais um de seus gestos severos, calculados, certifica-se apenas que o nó está bem apertado. O chão o banco já havia se encarregado de roubar-lhe dos pés. Pela descrição de um colega, os “homens da Superintendência chegaram em bando na manhã de sexta-feira, praticamente proibindo as pessoas a falarem sobre o episódio”. Não se sabe se Maurício deixou bilhete para explicar o inexplicável. Sabe-se apenas que deixou uma mulher, uma criança de 4 anos, outra de 8 anos e uma terceira de 14, completados na sexta. Agora senhores idiotas da objetividade são 22 os que cometeram suicídio. Menos um funcionário na contabilidade macabra do Sr. Paulo César Ximenes. Muito obrigado”.

Este pronunciamento foi feito pelo Deputado Federal José Pimentel, que foi Ministro da Previdência do governo Lula. O Pimentel ainda se lembra do Maurício, sua família e dos Demitidos do BB? Ou dos outros 22 colegas que renunciaram à vida por causa de dívidas e das ameaças de demissão? Dos milhares que morreram ou tiveram suas famílias destruídas por causa das demissões? Claro que não, mas o petralha, ávido em se aproveitar da tragédia para discursar e angariar votos se enganou, pois o Maurício deixou um bilhete, dizia:
BILHETE: “Não agüento mais trabalhar no Banco. É muita pressão. Sempre procurei fazer as coisas mais certas possíveis, mas o Banco mudou muito e sinto-me desamparado. Não existe qualquer falcatrua e nunca roubei nada do Banco. Apenas o fardo está muito pesado para mim. No ano passado fiz tratamento com psiquiatra e não melhorei. Espero que a minha família entenda que eu escolhi esta atitude e me perdoe. Estou doente. Não sei viver assim. Perdão”. (Do Livro “Liberdade é escravidão”, Dra. Marinina Gruska Benevides);

Importante ressaltar como o BB agia para abafar e esconder os suicídios: “os homens da Superintendência chegaram em bando na manhã de sexta-feira, praticamente proibindo as pessoas a falarem sobre o episódio”.
 

HUGO GOMES DOS SANTOS, em 26 de junho de 1996, BANCO DO BRASIL AGÊNCIA SERROLÂNDIA (BA), aos 51 anos de idade, demitido sem justa causa, de forma abusiva e criminosa, através do PDV de 1995, sofreu agonia durante um ano, morto por câncer não diagnosticado na farsa do “exame” demissional do PDV;

PAULO HENRIQUE DIAS CARNEIRO, 17 anos de banco, 42 anos de idade, filhos, foi demitido sem justa causa, de forma abusiva e criminosa, em Fortaleza (CE), através do PAQ (1996). A partir daí sua vida financeira e familiar virou de pernas para o ar. Funcionários do SEEB-CE disseram que o sindicato comprava seus serviços para ajudá-lo na crise financeira. Paulo Henrique não agüentou ver sua vida destruída, morto no final de outubro de 1999;

ALEXANDRE DE PAULA BRAQUEHAIS, nove anos de banco, foi demitido sem justa causa porque “eleito” pelo gerente BANCO DO BRASIL AGÊNCIA PRAIA DE IRACEMA (CE) para a demissão, abusiva e criminosamente demitido através do PAQ em 08/04/1996, após seu retorno de licença-saúde para tratamento psiquiátrico. A partir daí sua vida financeira e familiar virou de pernas para o ar. Doente mental (bipolar) diagnosticado ainda quando no BB, o Alexandre sofreu depressão, alcoolismo, em agonia durante onze anos, morto em abril de 2007;

TARCÍSIO DEZENA DA SILVA, 24 anos de banco, SUPERINTENDENTE REGIONAL do BANCO DO BRASIL CURITIBA (PR), foi demitido sem justa causa de forma abusiva e criminosa em 03/03/1997, lutava pela reintegração, morto em 2007;

GERENTE DO BANCO DO BRASIL DE ESTIVA GERBI (SP), bancário, de 44 anos, morador em Mogi Mirim (SP), cometeu suicídio, em 26/02/2008, dentro da própria agência onde trabalhava como gerente. Segundo informações, o gerente disse ao vigia que pretendia comprar uma arma e pediu para ver o revólver de calibre 38 que ele portava. O funcionário entregou a arma descarregada. O gerente percebeu e pediu também a munição e o vigia, novamente, atendeu ao pedido. No banheiro, com um tiro na boca.

ROSILDA NUNES DANTAS, em 27 de novembro de 2008, GERENTE DA AGÊNCIA DO BANCO BRASIL ALAGOA GRANDE, por causa de assédio moral, no interior da agência, com um disparo contra a própria cabeça.

Os dois últimos casos ocorreram no “BB do Lula”.

 Outros demitidos do BB falecidos depois das demissões abusivas e criminosas: Abadio Martins Fernandes, Adelson Eustáquio de Mesquita, Ademir Rocha Fonseca, Afonso Maria Ligório Sant’ Ana, Aldo Jorge Armani, Antonio Ibrahim da Fonseca, Antônio Severian Loureiro, Augusto Kozuki, Carlos de Oliveira Gomes, Carmelita Oliveira Nunes Santos, Celso dos Reis Sales, Cleude Maria dos Santos Souza, Ederson Alves de Paiva, Euvaldo Falcão de Lima, Eziquiel Souza Ribeiro, Florisvaldo Abreu da Silva, Haroldo de Oliveira Lima, Hugo Gomes dos Santos, José Antônio Tomás de Melo,  José Cláudio de Brito Bacelar, José Dantas de Almeida Júnior, José Eduardo Viana, José Francisco de Moraes Pereira, José Francisco dos Santos, José Francisco dos Santos, José Souza Pereira, José Tupinambá Belisário, José Vicente Tucci, Josenildo Ferreira da Costa, Júlio de Oliveira, Larri Armando Cattani Veloso, Lauro Mariano Brito Gume Maria Vânia Batista s, Leonardo Mannes, Luciano Belmiro de Souza, Luiz Carlos Castro Monteiro, Marco Estrella de Oliveira, Marcus Lustoza Costa, Miguel Roberto Calil Thomé, Morvan Sousa Lobo, Murilo da Silva Amaral, Nasser Kayed Atalla, Nelson Augusto de Lima, Odilon Pereira de Castro Souza, Omar de Oliveira, Pedro Benoski, Raimundo Nonato Ribeiro da Silva, Renilto Luiz Klein, Rogério Rollim Borges, Ronaldo Tadeu Bizerra de Souza, Rui Francisco Gomes, Sebastião Bomfim de Souza Alves, Sebastião José de Lima, Sérgio Cargnin, Sérgio Nunes Messineti, Valdenor Barbalho da Silva, Waldir Antônio Coelho e mais centenas, milhares que faleceram no escuro dos seus quartos, no fundo do poço, desempregados, deprimidos, doentes e no anonimato das suas misérias e dores.

Muitas informações foram obtidas do trabalho do Dr. Marcelo Augusto Finazzi Santos – Patologia da Solidão: o suicídio de bancários no contexto da nova organização do trabalho- assim resumiu: A perda do equilíbrio se completa pela constatação de que o discurso reiteradamente veiculado nos informativos da organização, impregnados de mensagens de amor à empresa e empregados felizes, contrasta violentamente com a percepção de realidade do trabalhador… “Falta o cumprimento da legislação trabalhista, metas de produção condizentes com a capacidade física e psicológica dos funcionários, assim como o treinamento dos gestores para lidar com os conflitos. O suicídio tem sido o desfecho trágico de muitos trabalhadores que sucumbem às violências do trabalho”, conclui.

OUTRA OPINIÃO: O período de instabilidade e crise interna no BB que se verificou pré e pós Programa de Ajustes foi muito violento, culminando com casos de suicídios que foram notificados junto aos sindicatos e órgãos representativos da categoria, mas sem cobertura da mídia tradicional, que por motivos óbvios não deu muita atenção a este lado do programa. Os principais motivos registrados eram rebaixamento de salário, endividamento e desestruturação familiar promovidos em grande parte pelas realocações compulsórias e pelo Quadro de Excedentes (subordinado diretamente à Diretoria Geral do BB). (XAVIER, 1998).

 No entanto, todo pai, toda mãe de família, arrimo, quem esteve debaixo daquelas pressões, ameaças, pânico, terrorismo, sabe, porque em algum momento também passou por sua cabeça esta idéia, muitos desses colegas preferiram renunciar à vida para proteger seus familiares, pois falecidos não poderiam ser demitidos, deixaram pensões.

Suicidas, mártires ou assassinados pelo Banco do Brasil e Estado Brasileiro?

 Os sobreviventes, demitidos, roubados, enganados, perseguidos políticos, execrados sob regime de exceção pelo próprio poder público, excluídos da nação, vítimas que, se houver um mínimo de decência, dignidade e justiça neste GOVERNO LULA, têm que ser reintegrados, restituídos, reabilitados em todos os direitos, inclusive a imagem perante a sociedade brasileira e mundial.

“Um governo continuará no poder enquanto for humano justo e honesto”

(Provérbios 20.28)


2 comentários:

  1. bizarra essa história!! Impossível de engolir....

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  2. Pô já leu?! e vc ainda não viu nada! Quem sobrevive, distoa das estatísticas!

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