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Hoje dentro do meu sistema nervoso central, insiste em subir um sentimento agudo,
cisma em se fazer perceber como se fosse uma incisão feita com o mais fino dos bisturis,
Se fazendo de uma dor fininha e aguda, não como se fosse uma agulha de costura, mas um fio de aço, daqueles que se usa para fazer cateterismo, ou coisa semelhante.
Em linguagem poética poderia fazer mil comparações análogas, poderia perder seu tempo explicando em onomatopeias, em tuc tucs, em xiis xiis, uis uis ou outras significativas explicadoras para esse sentir doloridinho da falta de algo nesse dia de hoje.
Dia do amigo, 20 de julho.
Como nossa sociedade fútil ou fugaz, saberia classificar essa significância importante reportada à minha adolescência.
Os adolescentes alguns, esses sabem ser amigos e não temem demonstrar a vontade de andar em bandos, constatando e demonstrando sua insignificância de ser solitário.
Ao crescer, vamos tomando a consciência das curvas, bifurcações e entroncamentos da nossa estrada, vamos nos perdendo e perdendo uns aos outros.
Vamos tomando a impressão amarga que deixa a vida das decisões e amores que nos distanciam daqueles que chamamos amigos!
Então em algum momento nos vimos em um mundo de convenções e posturas socialmente corretas, onde todo mundo é amigo de todos e de nenhum ao mesmo tempo. Onde os interesses e preocupações são centralizadas a um palmo acima da pelvis.
Hoje ao me deparar com algumas mensagens pré fabricadas nessa rede social viciante que frequento, em mim cresceu a melancolia e a saudade.
Saudade de mim quando era amiga de alguém, e me preocupava exclusivamente com a amizade que nos sustentava.
Saudades das folhas em branco e dos lápis que derramavam os sonhos e desejos.
Feliz dia do amigo para você também!
Este é um Blog para pessoas sensíveis e extravagantes, simples e excêntricas, felizes chorando e gargalhando de raiva... Que estão presas neste mundo, e são soltas no ar!
sábado, 20 de julho de 2013
terça-feira, 16 de julho de 2013
Lua Minguante
Às vezes as perguntas
insistem e resistem no profundo do meu estômago, a despeito de quaisquer sais
de fruta ou digestivos que possa ingerir gorfam e borbulham boca a fora
envergonhando meu ser cimentado de otimismo e da aparência que adora sorrir.
Será que devo amargurar e
dependurar de vez e definitivamente os farrapos no varal em frente do meu
quintal tão bonito, expondo mesmo as mazelas desse meio século de desacertos
vividos?
Será que devo mesmo virar os
lábios em ricto formando uma lua minguante de cabeça pra baixo e assim de vez
escancarar a visão da decepção e do cansaço contemporâneo?
Será que devo exumar a
adolescente que exalava um certo retardo mental, de tanto que brincava e gozava
os segundos e os minutos constituintes de cada hora?
Ou devo assumir a meia idade, às vésperas do finalzinho da descida da montanha, muito depois de ter passado o tempo do arco-íris?
Será que devo arriscar ser
caçada pelos habitantes da nova era, que me infligem e ridicularizam ainda
mais meu jeito de Peter Pan de saias, será que aguento mais uns 10 anos
resistindo a maturidade da terceira idade?
E se me recusar a ser infeliz
mediante as tamanhas admoestações e defenestrações já vividas e que deixaram
tentáculos a emaranhar o cinza do meu cérebro vez em quando?
Será que vou resistir às
armadilhas dos olhares dos homens de preto, ao cismar em dançar do lado de fora
do meu portão?
Não dou conta das questões.
Verdadeiramente necessito da
sua ajuda!
Ou será que não preciso de
porra nenhuma e ultrapassei a medida da razão e não necessito mais da tua
autorização?
Ser maluca é ser contrária a
todas as regras estabelecidas e gostar daqueles que me fazem sorrir diante das
poças repletas de lama e fezes?
Verifiquei que as cores
amarela e azul contem ácido e sufocam e contagiam seus respirantes, só posso
dizer que tenham cuidado!
Tenho o direito de continuar
vivendo do jeito que sei, posso cantar alto, batucar e correr com risco de
cair?
Até onde meu incômodo te
corrói?
Hoje tenho apenas uma certeza, se for para mudar, prefiro entregar os pontos e cair 10 andares para não ter que entregar minha carteira de identidade para os seres hipócritas de paletó e gravata.
Acho que nunca realizarei
alguns sonhos.
Precisamente posso afirmar
que dentro do meu próprio mundo consegui visualizar lugares que meus pés não
pisaram, conheço de cor esquinas que desejei ter dobrado e amei verdadeiramente
as melhores pessoas existentes neste mundo.
É clichê repetir que só sei
que nada sei? Então é isso!
gilzinha
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