quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Justificada


Naqueles dias em que andei de saias curtas sem anel, previa a prisão emocional que me aguardava, não a prisão voluntária,  a forçada a bulinada, abusada.
Naqueles momentos de torpor e busca, previ o fim de um tempo, de coragem de desordem.
Quando prendi os cabelos de cachos e alisei e penteei, entreguei minha alma ao diabo, que me precipitou no abismo da falta do amor.
Todas as crenças desapareceram dos meus olhos míopes, levadas pela explicação da ganância material e carnal e da carência desse amor verdadeiro.
Nunca tive aquele amor, não,  nunca!
Te procurei a cada década, a cada queda a cada golada.
Vasculhei os armários e os cofres em busca do tesouro, nunca sequer me  aproximei, todos os erros foram cometidos pelo arrepio, pelo fôlego perdido, pelo pé ralado de correr atrás daquele amor.
Perdoo tudo e avaliso, pago a fiança e grito Viva!!
Tu que um dia cruzou meu olhar, e viu um princípio de brilho e notou um pedido de socorro, sinta-se privilegiado, teria sido um dos escolhidos!
Amei amores perdidos e perdi amores recebidos, totalmente em busca daquele amor,  aquele que não existirá pra mim nessa vida.
Quero um amor que me ame mais do que eu mesma. Que ame o patético testemunho da minha existência, das minhas tolices, das minhas quedas, muitas!
Herdeira de inquieta vontade de prosseguir vivendo, estigmatizada do delírio de amar eternamente, rodeada de flores vermelhas!!
Quero ser cremada e salpicada ao mar ao som de Viva la vida, entre algumas outras.
Não pense que vivi a sofrer, na verdade vivi a viver! Pobre daquele que desfez de mim ou desprezou minhas escolhas patéticas.
Nesses momentos eu ultrapassava sua capacidade de entendimento, nessa hora eu estava interestelar...

YOUTH ( JUVENTUDE)

  A juventude é passageira dizem alguns.  Os jovens não sabem aproveitar a juventude, dizem outros. As duas opiniões são verdadeiras de algu...