sábado, 21 de janeiro de 2012

Impactos na Subjetividade



Um relato triste e grato para essa eterna acadêmica, que muito mais (sempre) se baseou em sua percepçãoe básica de vida familiar.

Que por muito tempo encontrou apoio além de suas idéias mais fugidias e encontrava eco em suas perspectivas e percepções nas décadas de 70 e 80 na irmã que era uma Graça em um ambiente político/militar sem graça!
Que se ambientou entre os gritos de "Diretas já!", queda da Ditadura, Abertura, Anistia e viveu no meio dessa história, respirando e lutando in loco.



Que após essa ilustração gostaria apenas de dissertar sobre algum tema leve, mostrando a evolução das coisas e do tempo, contar experiências vividas nesse modêlo Tecnoburocrático, o que ele fez e pode continuar fazendo em relação à qualidadde de (da) vida e saúde mental de cidadãos inseridos em um contexto hierárquico e social, e que devem comportar-se conforme o esperado, sob a pecha de ser tratado como insano, insubordinado e incorrigível, se não respeitar as normas e condutas, preterindo a si mesmo em prol da Organização maior, da Comunidade, família, vizinhos e descendentes.



Onde não deve falar quando não solicitado, onde calar na maioria das vezes mesmo sendo um sinal de fracasso, é o mais inteligente, contendo cada vez mais seus gestos e sua emoção.
Não tem muito tempo, e faz muito tempo.
Já tem 20 anos, e não tem nem 2 anos.
Sofri por ter opinião própria e não saber a hora de calar, por não aceitar o estabelecido quando não me satisfazia como melhor opção, mesmo já sendo um modelo utilizado.
Não concordei com o chefe só porque ele era o chefe, já valorizei o operário e ouvi suas opiniões.
Soube a 20 anos e a 2 meses, que ao se misturar com profissionais aquém, pessoas aquém, (pessoas mais baratas, trabalhadores mais baratos) supondo-se ser melhor manter um distanciamento prático, para não se manchar, não decair.
Vi o sofrimento de muitos iguais a mim, por pressão psicológica, que vinha não necessáriamente do exterior, mas inside themselves.




Hoje é normal se aceitar nas salas de atendimento psiquiátrico, onde tambem procurei um modelo de (SER) ser humano melhor, pra aplicar em mim mesmo, que pudesse mudar meu modo de ser, onde quis buscar remédio que pudesse curar a vontade de falar e de dar opinião na tentativa de ajudar alguém ou algo a ser melhor.
Sou santa? Claro que não! Talvez revolucionária, e como tal fui tratada. Era uma operária e não aceitava subordinados nem chefes.
Então a custa de dor rasgada, compreendi que não se muda a essência, que não se dissocia o ser humano do ser pensante, nem do ser produtivo, que poderia lapidar a rudeza, que poderia aprender a melhorar a forma de expressão, aprender a calar para depois ter mais tempo para falar e falar com convicção fria, e em tom baixo, para com isso ajudar a melhorar a comunicação entre as pessoas.
Fui odiada ardentemente, por pessoas que eram amorfas e frias! Consegui fazer que congeladores se extenuassem.



Ainda falta bastante, na verdade nem falta mais nada, porque não vou mais mudar!
Aprendi ser possível superar o modelo burocrático da existência, ganhar pela competência e capacidade de demonstrar a própria fragilidade e sensibilidade, somar esfôrço para alcançar metas sem desumanizar-se, inserir-se no contexto humano-psicossocial, mas isso tudo OUT-OFF!
Ejetada do sistema, vomitada do mecanismo capitalista!
Obrigada à Máquina que me operou sem cirurgia, me forjou em ferro quente, me arrancou o couro, mas deixou a língua!

Amanhã vai ser outro dia...

2 comentários:

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