Flavia, Minha Flavinha

Tinha uma minazinha bem carrancuda
corria o boato que talvez fosse muda!
Não tinha ainda nem 6 anos
Mas berrava se alguém lhe cutucasse
Corria feito a Emília gritando entre panos
Olhava sério e encarava quem perto dela quedasse

Moreninha tão lindinha, beicinho de filhinha
O pai bobão, embalava seus dias e tardes cantarolando:
" O coisinha tão bonitinha do pai..."
Ela ia sem graça rebolando, acreditando na faceta
Mas era só chegar alguem por perto e já levava uma careta!

Brincadeira filha preta, pra mim você uma gracinha
Criancinha moreninha que se aproximou de mim
Derrepente foi chegando e descobrindo o sorriso
Foi ficando mais bonita aprendendo a ser assim

Hoje é minha companheira, desde quando trazia "Cintra" pra beber
Aos poucos foi se moldando e no nosso mundo se embrenhou
Nos metíamos em cada uma, só em busca de viver
E buscamos tanto o sorriso que nos menores recipientes esse se revelou

Caixinha de isopor, 100 garrafas de litrão e um violão
Não precisamos de muita coisa, apenas um pouco de garganta


Só temos a certeza de que sua presença é indispensável
Se é pra ver DVD do Guns, Cd do Avenged ou Legião
Porque tu és de verdade e com sua verdade nos encanta

Precisamos de nossa companhia pra torcer pelo Vascão
Sabemos da nossa necessidade de estar perto, assim se vibra
Somos casca grossa, o que faz a laranja ter menos caldo,
Mas pelo menos tem mais fibra!

Minha pra sempre Flavinha, brigona criança,
Mocinha invejada por sua esperança!
E que venham os agregados
Os taludinhos e os Bonzinhos!
Todos serão amados pela tia meio perdida
Perdida de amor e orgulho
Por essa família única e pronta para tudo!

Te amo garota, meu mundo precisa de ti
É esquisito existir a camisa preta se não for para nos vestir!
O próximo rock é por nossa conta!
Paga a cerveja quem estiver mais tonta!

Gilzinha

Essa prêmio foi escolhido pela premiada! faz parte do concurso promovido " Poesia mais visualizada"!