terça-feira, 13 de março de 2012

Religião - Quem é Deus??



imagem: institutoandreluiz



Neste artigo, buscaremos humildemente, com a ajuda de vários estudos, tentar definir a religião, as diversas crenças, suas separações e característica, entendendo a autora que o objetivo fundamental do ser humano é a busca do conhecimento do ser interior, da luz da explicação, da tradução dos milagres testemunhados diáriamente por nós simples mortais, que em busca vamos sempre daquela direção, da seta que nos impulsione, que nos arremesse ao encontro do ser supremo, do criador, do engenheiro, artífice e mistério que povoa nossa mente e nosso coração.
Eu fui criada na religião católica e portanto, crente nessa, respeitarei todos os tipos de seitas e rituais.

Peço desculpas pelos erros que possa vir a cometer e solicito a intervenção de quem se considerar apto a isso!




http://conhecerdeus.jesus.net/?/3/uma-entrevista-com-deus.html




Poema: Isto ou aquilo

Pessoas que se cruzam sem se conhecerem
Cobrando umas das outras as respostas
Para suas dores e angústias
Suas necessidades passando pelos olhos das outras
Suas tristezas, suas lutas penduradas
Como se estivessem em um varal no fundo de um quintal
Pessoas que se fitam procurando penetrar
Por entre o lago de incerteza dos olhos das outras

São irmãs, são gêmeas, ás vezes os sonhos são os mesmos
Mas se cruzam e se cobram  
Por que não se constroe mais palcos no mundo?
Por que desfilam suas dores e suas tosses ao relento?
Expondo-se ao nada

Pessoas que são feitas dos mesmos sonhos e medos
Quem as distingue?
Quem pôs as escadas no mundo?
Ou afinal, terá mesmo que ser tudo assim??

Será Deus?

 Gilzinha



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Como se define "Religião" 


Sabemos que a prática da religião é uma das atividades universal, mais difundida através de todas as culturas desde o início da humanidade chamada inteligente:
 EX: Kam, um dos filhos de Noé, foi o fundador das seitas africanas.
De maneira geral, é consenso que não existe uma definição de religião universalmente aceita.
A religião que cada um conhece e pratica surgiu do desejo de cada povo, conforme sua característica, de conhecer ou entender o real propósito para a sua vida efêmera na terra, além de encontrarmos o nítido intuito de exploração comercial, através de vários símbolos, denominações, na tentativa de influenciar os mais suscetíveis aos apêlos de ordem puramente fictícia de um encontro com Deus, nos dias atuais.
A pergunta que surge nos livros acadêmicos é se poderemos comparar as fases históricas pertinentes à formação da sociedade que hoje conhecemos, ou seja o "marxismo - leninismo*; o fanatismo e o radicalismo partidário político de religião, ou humanismo (a crença na humanidade e na razão no lugar de um ou vários deuses"

                       * Algumas pessoas poderiam incluir tais crenças em uma definição moderna  de  religião como “qualquer coisa à qual oferecemos devoção absoluta”; contudo, tais crenças normalmente não incluem qualquer referência a um ser (ou seres) deus (ou deuses) sobrenatural ou máximo. Portanto, é melhor descrevê-las como ideologias e não religiões, embora possam compartilhar muitas das características da religião." (fonte: http://www.paijulioesteio.kit.net/o_que_e_religiao_4.htm)

Outras pessoas poderão aceitar entender como definição de religião em uma definição moderna " qualquer coisa à qual oferecemos devoção absoluta" 
Entretanto à luz do pensamento mais esclarecido algumas crenças, que não fazem nenhuma referência a um ser (ou seres) deus(deuses), como conotação sobrenatural ou ser "máximo", melhor seria chamadaas de ideologias e não religiões, embora se assemelhem em muitas características atinentes à religião.
         
 
 imagem:mises.org


 Gilzinha                                                                                                   
                   
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Matéria na íntegra: http://www.paijulioesteio.kit.net/o_que_e_religiao_4.htm


                             “Crenças/Rituais e práticas”



        A religião é feita tanto de crenças e rituais quanto de práticas. A teologia acadêmica (especialmente no Ocidente e em relação ao cristianismo) tende a se concentrar na crença. Todavia, é importante observar que em algumas sociedades não há uma palavra correta para religião. Não se trata de um compartimento separado da vida – é um modo de compreender e viver a própria vida. Mesmo assim, é possível distinguir vários aspectos diferentes em quase todas as religiões. Uma classificação amplamente aceita identifica como cinco aspectos: 
            A fé é a parte interna da religião (fundamento); o que as pessoas acreditam, seus sentimentos de temor, quizilas ou ehô (africano) e reverência, prece individual, etc...
            O culto/rituais  é tudo que está envolvido na devoção – construções, feitura de òrìsàs (religião africana), imagens, altares, rituais, sacralização de animais (em várias religiões inclusive africana), canções sagradas (no africano, temos: Orin = cântico de apelação; Orìkí = cânticos de louvor), reuniões da comunidade e assim por diante.
            A comunidade é o aspecto social da religião – os devotos em seu templo/igreja ou no ilé africano (casa de religião africana) específicos, a denominação ou seita mais ampla, monges; padres/freiras; bàbálóòrìsàs/ ìyálóòrìsàs, etc...
            O credo envolve todas as crenças e idéias mantidas pela religião como um todo, incluindo escrituras e idéias sobre Deus, anjos, o céu, o inferno e a salvação, assim como, nas religiões de matriz africana os Òrìsàs (lendas escritas e somente faladas de boca/ouvidos; os cânticos = orin; orìkí e cultuar seus ancestrais). 
            O código  envolve a suas crenças religiosas e inclui-se éticas, tabus (em africano quizilas/ehô) e idéias sobre o pecado, o que é certo e o que é errado ritualisticamente, porque, entre o fundamento e rituais  têm que haver lógica, principalmente, nas religiões de matriz africana, e a santidade.


“Famílias de Religiões”

        As religiões do mundo podem ser divididas em dois grupos principais: primitivas e universais.
            As primitivas incluem as religiões tradicionais da África (povos sudaneses: Nações de Òyó; de Ijèsà; e de Ketu, chamados aqui no Brasil de povos Nagô (que os franceses chamavam e deram a origem da palavra “Nagô” aos povos das Nações da África-Negra - Sudaneses), bem como, a Nação e religiões das áreas vizinhas Ewes (evoes), conhecidos em nosso País como Nação Jèje. Assim como, povos Bantus: Nações de Angola; Kongo; Kabinda; Benguelas: Bangalas; Musikongos; Rebolos; Monjolos, etc...Primitivas também na Australásia, Oceania, algumas regiões da Ásia e os povos primitivos das Américas, além das religiões “pré-cristãs da Europa e religiões de outros povos antigos. 
            Essas religiões, embora diferentes em detalhes, possuem várias características em comum. Todas elas tendem a ser locais – são específicas para a Nação ou povo que as praticam. Exemplo a africana:  seus praticantes geralmente não as consideram relevantes para outros povos, inclusive dentro do mesmo País. Dessa maneira, muitos dos mitos e histórias de uma Nação de culto religioso, no caso, africana, não serve para a outra (Nação) ou desse tipo de religião que praticam com a origem de uma Nação específica. Já no Brasil, as religiões de origem africana, devido, aos empórios de escravos, houve uma grande fusão de Nações e até mesmo, do fundamento e de rituais, dando origem à outras modalidades de religiões e idiomas (misturados) de origem africana.  
            As religiões primitivas remanescentes (animistas) tendem a depender em grande parte da tradição oral em vez de escrituras e são geralmente não-missionárias.

            As religiões universais  acreditam ter importância para todo o mundo e tentam, com maior ou menor intensidade, converter pessoas. Ai! Está a grande diferença entre as primitivas e as universais.  Além disso, em sua maioria, desenvolveram escrituras que desempenham um papel central na religião.
            O islamismo e o cristianismo são exemplos característicos desse tipo de religião universal. Pois, vendem a idéia de um Deus através das escrituras, principalmente, para sensibilizar e catequizar seus adeptos. Dentro do grupo universal algumas famílias principais podem ser identificadas. A família semítica  inclui o judaísmo, o cristianismo e o islamismo,  os quais compartilham de uma base comum histórica e geográfica. 
            A família indiana  é composta do hinduísmo, do budismo antigo, do jainismo e da doutrina dos sikhs. 
            A família do Extremo Oriente inclui o confucionismo, o taoísmo e o xintoísmo.
            Embora qualquer religião normalmente afirme ter sido inspirada por “Deus”, é importante lembrar que todas elas começam e se desenvolvem em situações históricas, geográficas e culturais específicas que influenciam e moldam a forma tomada pela religião.

            Outra forma de classificar grupos de religiões é a distinção entre aquelas com um único deus (monoteístas)  e aquelas com vários deuses (politeístas). 
            As religiões monoteístas  incluem o  judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Nesta classificação somos obrigados incluir a crença em um deus supremo é encontrada em toda a África, mas em muitas as regiões Ele é considerado tão grande e remoto que não é adorado. E de uma classificação “monoteísta passa para politeísta”, ou seja, em seu lugar, são adorados Òrìsàs poderosos, cada um com características especificas, e em seus rituais incluindo também os ancestrais, que agem como intermediários entre as pessoas e o deus supremo.
            As religiões politeístas  incluem o hinduísmo, como também as religiões gregas, germânicas e egípcias, as primitivas e tradicionais dos africanistas (África), as indígenas das Américas e várias religiões primitivas remanescentes. 


“A Revolução Francesa”

        A contribuição da Revolução Francesa, com relação do Ser Supremo na França revolucionária, em 1794. No início da Revolução Francesa havia um “sentimento anticristão” considerável. Contudo, em poucos anos a liderança revolucionária passou a acreditar que a Religião (não importa qual fosse) era necessária para a estabilidade social e introduziu um culto do “Ser Supremo”. (Exploer).


“Religião e Secularismo”

        No século atual (XXI), particularmente no Ocidente, algumas pessoas têm notado sinais de declínio na religião e sua substituição pelo que chamamos de religião do secularismo (uma crença de que o mundo físico é auto-suficiente e pode ser perfeitamente compreendido pelo discernimento da  ciência moderna, sem consultas a explicações sobrenaturais).
            Embora seja evidente e constado estatisticamente que em algumas sociedades haja um declínio nas religiões organizadas, há poucas provas de que o mesmo ocorra em relação à religiosidade (sentimentos religiosos). Apesar de em muitos países do Ocidente um número cada vez menor de pessoas estar freqüentando regularmente aos Templos Religiosos. Mas, em sua maioria ainda afirma e diz que acredita em Deus. Será que é verdade ! Pois, tal comportamento pode indicar uma mudança nos padrões de religiosidade, e não necessariamente declínio, talvez, retornando ou buscando nas religiões de origens primitivas e baseadas na natureza o seu sentimento religioso. Um exemplo disso é o aumento de novos movimentos religiosos em sociedades ocidentais, oferecendo a cultura de religiões de origens primitivas (que está relacionada com a natureza, como exemplo: as religiões africanistas) e em outros casos as alternativas não-disponíveis no passado, sendo sim, uma nova criação religiosa com origem na mistura de várias religiões e também com vários interesses financeiros. E pregando até quanto vale (numerário, dinheiro) a sua fé em Deus. Desse modo, grupos religiosos, atraem seguidores poucos inteligentes e outros desapontados com as religiões tradicionais, embora no sentimento de muitos ainda conservem uma religiosidade básica.
            É de bom alvitre dizer: Deve-se lembrar também que enquanto as religiões organizadas parece estar declinando no Ocidente, na maioria das regiões do mundo as principais religiões ainda são as universais (especialmente o cristianismo e o islamismo) estão aumentando a uma velocidade considerável. Desse modo, podemos concluir, a religião – sempre presente e em constante mutação – continua sendo um fenômeno quase universal. 


“O que são Religiões Primitivas Remanescentes?”

        De modo geral, as religiões primitivas que sobrevivem atualmente são as religiões de sociedades não-alfabetizadas, em algumas Nações Africanas e outras em vários Continentes, normalmente sociedades Tribais. Embora não possuem fontes escritas, isso não significa que não tenham história ou sejam, de algum modo, são remanescentes “fossilizados” de uma outra era passada, tendo como principal maneira, como sendo, de boca/ouvido e visual.
            Já como as religiões universais, a maior, parte delas possui histórias bem coordenadas e fabricadas pelo próprio homem, longas e complexas.
            A palavra “primitiva” é usada para transmitir a idéia de que essas religiões se originaram em uma época anterior da história humana e fundamentam todas as principais religiões do mundo e neste caso destacamos as de origem africana, tendo como seu principal fundador, Kam um dos filhos de Noé. Pois, não é correto considerar-se essas religiões como sendo simplistas, uma vez que freqüentemente contêm crenças/rituais e idéias a respeito do mundo que alcançam altos níveis de sofisticação.
            Existem milhares de sociedades primitivas espalhadas por todo o mundo. Nas Américas, na Sibéria, no Ártico, na Ásia Central, Austrália, sudeste da Ásia e ilhas do Pacífico. Toda sociedade primitiva tem sua própria cultura e sua própria religião, exemplo: As Nações Africanas, tanto de origem sudaneses como bantu. Contudo, essas religiões possuem o suficiente em comum, em termos de crenças/ritos e práticas. Assim como, as outras citadas, para que seja possível agrupá-las como religiões primitivas.
            Em quase todas as religiões primitivas há um conceito de um deus supremo, às vezes proeminente na vida religiosa, às vezes remoto e desinteressado dos assuntos humanos.
            Crença em um deus supremo é encontrado em quase toda a África, mas em várias regiões ele é considerado tão grande e remoto que não é adorado. Em seu lugar, são as divindades os Òrìsàs/Voduns adorados, cada um com características específicas, cultuando também seus ancestrais, que agem como intermediários entre as pessoas e o deus supremo. Tanto na África como aqui no Brasil, as pessoas se aproximam das divindades africanas (Òrìsàs/Voduns) apenas em casos de sofrimento extremo (doenças, amor, bem como, a cobiça de almejar uma posição social melhor ou interesses financeiros, etc...Mas, muitos poucos por vocação em dar continuidade religiosa). Elucidando melhor, na África Ocidental, nas Américas, na Ásia e na Polinésia, acredita-se em uma profusão de divindades que não o deus supremo.
            Todos os povos primitivos, e como exemplo: Africanos que praticam a religião primitiva crêem em espíritos ou almas de seus ancestrais que sobrevivem no “espaço” após a morte e são capazes de interferir de maneira benéfica ou maligna na vida dos vivos (maligna = neste caso, são os “ará orùn” = todos aqueles que acabam se suicidando ou vindo a falecer de acidentes e ficam vagando). E possui o poder de prejudicar (enviando doenças, desastres pessoais e no amor, financeiros e negócios). Exemplo: Em todo os rituais Africanos, são reverenciados os ancestrais através de rituais, preces e oferendas para não haver prejuízos aos seres humanos vivos e, os mesmos, serem benéficos aos vivos. Além de divindades Òrìsàs/Voduns e espíritos ancestrais, a maior parte dos povos primitivos acredita em vários espíritos inferiores (em rituais de origem africanas = Exus) que podem ser malévolos, caprichosos e interesseiros. Os espíritos inferiores, morando em todos os tipos de lugares possíveis, inclusive no corpo dos seres humanos. No mundo atual, são os primeiros mensageiros para pertencer e praticar a “magia negra”, sendo imprevisíveis e as pessoas são cuidadosas em não ofendê-los. 

“O que é Mana”

            Acredita-se que o mana  seja um poder espiritual ou força de vida que permeia o universo. Originalmente uma palavra melanésia, é hoje empregada por antropólogos para definir uma força espiritual  em outras religiões primitivas. O mana não é um espírito e não possui desejos ou propósitos – é impessoal e flui de uma coisa para outra, podendo ser manipulado para se alcançar determinados fins. Como exemplo: Talismãs, amuletos e remédios contêm essa força, sendo possível utilizá-la para propósitos “benéficos” ou até mesmo “malignos”.
            Existe toda uma gama de especialistas religiosos – de sacerdotes em gerais; de bàbálóòrìsàs e iyálóòrìsàs; de profetas; adivinhos e reis sagrados da África a curandeiros das Américas e Xamãs da Sibéria e do Ártico. Seu papel, principal, é servir de mediador – em determinados casos em estado de transe extático em outros não. Existindo objetos preparados ritualisticamente para os fins, exemplo: búzios; runas, etc... – entre as pessoas e o mundo espiritual. No caso, um bàbálóòrìsà ou iyálóòrìsà (na Religião de Matriz Africana) tem a função de servir a uma divindade (Olórí = Òrìsà, Divindade, correspondente a cabeça da pessoa e por inteiro (Também definido como “Elemi ou Elemim”, é o dono “eu” (vida) = elé => dono; èmí => alma, espírito, vida) e outras divindades (Eléèdá = Òrìsàs, Divindades, protetores e guias espirituais e coadjuvantes ao Olórí e que vela pela pessoa) efetuando deveres rituais e cerimoniais específicos e também à outros Òrìsàs e principalmente, ao Òrìsà que corresponde adivinhação. Todos são “Elementais” fluídos da natureza, vibrações permanentes dos elementos naturais: fogo; terra; água; ar.  Já, os Exus se usam de “Elementais inferiores” não possuindo inteligência e vontade etc., ficando subordinados aos Òrìsàs donos dos elementos naturais. Onde, os Exus, são apenas como uma imagem (espíritos) que as pessoas sensíveis podem captar e personificar, e se utilizando na maioria das vezes, destes, para fins maléficos, como: amores infrutíferos, vícios e drogas, frustrações dos seres humanos, etc...
            No mundo atual (século XXI), a maior parte dos povos primitivos ainda existentes foi profundamente influenciada pelo contato com sociedades mais “sofisticadas” e suas respectivas religiões. Isso gerou e vem cada vez mais fazendo o surgimento de novos movimentos dentro de religiões primitivas e, em alguns casos, novas religiões (exemplo: Umbanda no Brasil), etc...
            A maioria desses movimentos desenvolveu-se devido à interação com o cristianismo e outros...Na Papua Nova Guiné e em outras ilhas do Pacífico, por exemplo, elementos primitivos e cristãos combinaram-se para dar origem a uma nova sociedade. 


“O que é Baha’i” ?

Resumo: 

        É uma religião universal moderna que tem por objetivo a unidade de todas as religiões existentes e o congraçamento espiritual de toda a humanidade tendo evoluído a partir dos ensinamentos de dois visionários persas do século XIX – Mirza Ali Muhammad (1820 – 1850), conhecido como Bab (passagem), e Mirza Husahi Ali (1817 – 1892), conhecido como Baha’ullah (Glória de Deus).
            Baba’ullah anunciou em 1863 que ele era a mais recente de uma série de manifestações divinas – incluindo Jesus, Buda, Maomé e Zoroastro – enviado para redimir e purificar o mundo. 
            Baha’ullah foi aprisionado e exilado por inúmeras vezes, tendo estabelecido sua sede na Palestina seus ensinamentos para uma religião baseada em uma nova escritura, o “Kitab Akdas”. 
            Seus seguidores acreditam que ele seja uma manifestação de Deus e um curandeiro divino, que veio para aliviar sofrimentos e unir a humanidade.
            Atualmente, o Baha’i possui mais de 5 milhões de membros por todo o mundo, inclusive no Brasil, sendo perseguido no Irã desde 1979.
           
            Textos, baseado em pesquisas junto a Enciclopédia Compacta e outros....






imagem:science.blogs.com

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Matéria na íntegra do site: Fonte: http://sinfonia-cosmica.blogspot.com/2012/02/religiao-o-caminho-do-conhecimento.html

  - Religião, o Caminho do Conhecimento 


Dando início a esta nova "seção" do blog, onde pretendo abordar as diferentes vertentes religiosas sob uma óptica espiritualista, nada melhor do que primeiramente entender o "conceito" e o significado da palavra Religião.

Não há registro em qualquer estudo por parte da História, Antropologia, Sociologia ou qualquer outra "ciência" social, de um grupamento humano em qualquer época que não tenha professado algum tipo de crença religiosa. Tal como a Arte, a Filosofia e a Ciência, a Religião é parte integrante e inseparável da cultura humana.

Derivada do termo latino re-ligare, a palavra Religião significa "religação". Da mesma forma, a palavra Yoga, que é derivada da raiz do Sânscrito Yug, significa união. Em suma, ambas palavras descrevem a mesma meta: União com a Divindade.
Essa definição engloba necessariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso, abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo metafísico, ou seja, de além do mundo físico.

Estas diferentes vertentes religiosas provêem o caminho para alcançar a unificação com o Divino. Pois toda religião passa por um mesmo "eixo" de conhecimento. Mas cada indivíduo precisa das ferramentas certas para compreender o caminho. Com as ferramentas certas e o uso correto delas um aspirante de qualquer religião ou tradição pode entrar no conhecimento da experiência com o Divino.

Pode ser visto, então, que há uma verdadeira ciência, um caminho, mas se mostrando com diferentes nomes e faces. Em grego, o caminho estreito é chamado Gnosis que significa conhecimento. Em hebreu, o mesmo caminho estreito é chamado Daath, que também significa conhecimento.

"Por ser estreita a porta e seu caminho que conduz è vida, são poucos os que encontram."Mateus 7:13-14 

Este caminho é representado pela famosa Árvore do Conhecimento no livro de Gênesis. E a pista para entrar na experiência direta de Deus pode ser encontrada ao entender o símbolo da Árvore do Conhecimento.
O livro do Gênesis é, entre muitos outros, um livro escrito com a intenção de passar o conhecimento secreto dos iniciados, para os que possuem olhos para verem e ouvidos para ouvirem.
No começo foi influenciado por ambas tradições Oriental e Ocidental para prover à humanidade uma Chave que continha dentro a fundação de todas as grandes religiões do mundo. (Falarei mais sobre o gênesis quando escrever sobre a Tradição Judaico-Cristã).

É através do Religare que o homem vivencia em seu interior a experiência supranormal e extremamente marcante da união do espírito individual com o universo. Desta forma, o homem se convence de que o seu ego humano não é Fonte, mas canal, que deve estar ligado conscientemente à Fonte, ao Infinito, ao Uno, ou Único, à Essência, então fluem para dentro dele, e através dele, as águas da Vida, da Saúde e Felicidade.

Essa integração do Eu individual no Todo Cósmico - o que, naturalmente, inclui o Nós humano - chama-se mística ou religião, no mais alto sentido da palavra religar o indivíduo finito com o Universal Infinito - isto é Religião.


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imagem:historiadomundo.com



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Matéria na íntegra do site:: http://www.xr.pro.br/religiao.html

EM BUSCA DA TRANSCENDÊNCIA

O QUE É RELIGIÃO? QUAL A DIFERENÇA DE SEITA?


MITOLOGIA É RELIGIÃO? O QUE É HERESIA?

RELIGIÃO deriva do termo latino "Re-Ligare", que significa "religação" com o divino. Essa definição engloba necessariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso, abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, de além do mundo físico.Sendo assim o hábito, geralmente por parte de grupos religiosos de taxarem tal ou qual grupo religioso rival de seita, não têm apoio na definição do termo. SEITA, derivado da palavra latina "Secta", nada mais é do que um segmento minoritário que se diferencia das crenças majoritárias, mas como tal também é religião.HERESIA é outro termo mal compreendido. Significa simplesmente um conteúdo que vai contra a estrutura teórica de uma religião dominante. Sendo assim o Cristianismo foi uma Heresia Judáica assim como o Protestantismo uma Heresia Católica, ou o Budismo uma Heresia Hinduísta.
A MITOLOGIA é uma coleção de contos e lendas com uma concepção mística em comum, sendo parte integrante da maioria das religiões, mas suas formas variam grandemente dependendo da estrutura fundamental da crença religiosa. Não há religião sem mitos, mas podem existir mitos que não participem de uma religião.
MÍSTICA pode ser entendida como qualquer coisa que diga respeito a um plano sobre material. Um "Mistério".
PRESENÇA DA RELIGIÃO EM TODA A CULTURA HUMANA
Não há registro em qualquer estudo por parte da História, Antropologia, Sociologia ou qualquer outra "ciência" social, de um grupamento humano em qualquer época que não tenha professado algum tipo de crença religiosa. As religiões são então um fenômeno inerente a cultura humana, assim como as artes e técnicas.
Grande parte de todos os movimentos humanos significativos tiveram a religião como impulsor, diversas guerras, geralmente as mais terríveis, tiveram legitimação religiosa, estruturas sociais foram definidas com base em religiões e grande parte do conhecimento científico, "filosófico" e artístico tiveram como vetores os grupos religiosos, que durante a maior parte da história da humanidade estiveram vinculados ao poder político e social.
Hoje em dia, apesar de todo o avanço científico, o fenômeno religioso sobrevive e cresce, desafiando previsões que anteveram seu fim. A grande maioria da humanidade professa alguma crença religiosa direta ou indiretamente e a Religião continua a promover diversos movimentos humanos, e mantendo estatutos políticos e sociais.
Tal como a Ciência, a Arte e a Filosofia, a Religião é parte integrante e inseparável da cultura humana, é muito provavelmente sempre continuará sendo.

TIPOS DE RELIGIÕES
Há várias formas de religião, e são muitos os modos que vários estudiosos utilizam para classificá-las. Porém há características comuns às religiões que aparecem com maior ou menor destaque em praticamente todas as divisões.
A primeira destas características e cronológica, pois as formas religiosas predominantes evoluem através dos tempos nos sucessivos estágios culturais de qualquer sociedade.
Outro modo é classificá-las de acordo com sua solidez de princípios e sua profundidade filosófica, o que irá separá-las em religiões com e sem Livros Sagrados.
Pessoalmente como um estudioso do assunto, prefiro uma classificação que leva em conta essas duas características, e divide as religiões nos seguintes 4 grandes grupos distintos.
PANTEÍSTAS
POLITEÍSTAS
MONOTEÍSTAS
ATEÍSTAS
Nessa divisão há uma ordem cronológica. As Religiões PANTEÍSTAS são as mais antigas, dominando em sociedades menores e mais "primitivas". Tanto nos primórdios da civilização mesopotâmica, européia e asiática, quanto nas culturas das Américas, África e Oceania.
As Religiões POLITEÍSTAS por vezes se confundem com as Panteístas, mas surgem num estágio posterior do desenvolvimento de uma cultura. Quanto mais a sociedade se torna complexa, mais o Panteísmo vai se tornando Politeísmo.
Já as MONOTEÍSTAS são mais recentes, e atualmente as mais disseminadas, o Monoteísmo quantitativamente ainda domina mais de metade da humanidade.
E embora possa parecer estranho, existem religiões ATEÍSTAS, que negam a existência de um ser supremo central, embora possam admitir a existência de entidades espirituais diversas. Essas religiões geralmente surgem como um reação a um sistema religioso Monoteísta ou pelo menos Politeísta, e em muitos aspectos se confunde com o Panteísmo embora possua características exclusivas.
Essa divisão também traça uma hierarquia de rebuscamento filosófico nas religiões. As Panteístas por serem as mais antigas, não têm Livros Sagrados ou qualquer estabelecimento mais sólido do que a tradição oral, embora na atualidade o renascimento panteísta esteja mudando isso. Já as politeístas muitas vezes possuem registros de suas lendas e mitos em versão escrita, mas Nenhuma possui uma REVELAÇÃO propriamente dita. Isto é um privilégio do Monoteísmo. TODAS as grandes religiões monoteístas possuem sua Revelação Divina em forma de Livro Sagrado. As Ateístas também possuem seus livros guias, mas por não acreditarem num Deus pessoal, não tem o peso dogmático de uma revelação divina, sendo vistas em geral como tratados filosóficos.
Vejamos alguns quadros comparativos.






ÉPOCAS DE SURGIMENTO E PREDOMÍNIO.
PANTEÍSMO: As mais antigas, remontando a pré-história onde tinham predominância absoluta, e também presentes em muitos dos povos silvícolas das Américas, África e Oceania.
POLITEÍSMO: Surgem num estágio posterior de desenvolvimento social, tendo sido predominantes na Idade Antiga em todo o velho mundo, e mesmo nas civilizações mais avançadas das Américas pré-colombianas.
MONOTEÍSMO: Mais recentes, surgindo a partir do último milênio aC e predominando da Idade Média até a atualidade.
ATEÍSMO: Surgem a partir do século V aC, tendo vingado somente no Oriente e no Ocidente ressurgindo somente após a renascença numa forma mais filosófica que religiosa.
Neo PANTEÍSMO: Embora possuam representantes em todos os períodos históricos, popularizam-se ou surgem a partir do século XVIII.




BASE LITERÁRIA
PANTEÍSMO: Próprias de culturas ágrafas, não possuem em geral qualquer forma de base escrita, sendo transmitidas por tradição oral.
POLITEÍSMO: Nas sociedades letradas possuem frequentemente registros literários sobre seus mitos, e mesmo nas ágrafas possuem tradições icônicas mais elaboradas.
MONOTEÍSMO: Possuem Livros Sagrados definidos e que padronizam as formas de crença, servindo como referência obrigatória e trazendo códigos de leis. São tidos como detentores de verdades absolutas.
ATEÍSMO: Possuem textos básicos de conteúdo predominantemente filosófico, não possuindo entretanto força dogmática arbitrária ainda que sendo também revelados por sábios ou seres iluminados.
Neo PANTEÍSMO: Seus textos são em geral filosóficos, embora possuam mais força doutrinária, não incorrendo porém em dogmas arbitrários.




MITOLOGIA
PANTEÍSMO: Deus é o próprio mundo, tudo está interligado num equilíbrio ecossistêmico e místico. Crê-se em espíritos e geralmente em reencarnação, é comum também o culto aos antepassados. Procura-se manter a harmonia com a natureza, e o mundo comummente é tido como eterno.
POLITEÍSMO: Diversos deuses criaram, regem e destroem o mundo. Se relacionam de forma tensa com os seres humanos, não raro hostil. As lendas dos deuses se assemelham a dramas humanos, havendo contos dos mais diversos tipos.
MONOTEÍSMO: Um Ser transcendente criou o mundo e o ser humano, há uma relação paternal entre criador e criaturas. Na maioria dos casos um semi-deus se rebela contra o criador trazendo males sobre todos os seres. Messias são enviados para conduzir os povos, profetiza-se um evento renovador violento no final dos tempos, onde a ordem será restaurada pela divindade.
ATEÍSMO: O Universo é uma emanação de um princípio primordial "vazio", um Não-Ser. Crê-se na possibilidade de evolução espiritual através de um trabalho íntimo, crê-se em diversos seres conscientes dos mais variados níveis, e geralmente em reencarnação.
Neo PANTEÍSMO: Acredita-se em geral no Monismo, um substância única que permeia todo o Universo num Ser único. São em geral reencarnacionistas e evolutivas. A desatribuição de qualidades do Ser supremo por vezes as confunde com o Ateísmo.




SÍMBOLOS
PANTEÍSMO: Utilizam no máximo totens e alguns outros fetiches, é comum o uso de vegetais, ossos, ou animais vivos ou mortos.
POLITEÍSMO: Surgem os ídolos zoo ou antropomórficos na forma de pinturas e esculturas em larga escala. A simbologia icônica se torna complexa em alguns casos resultando em formas de escrita ideográfica.
MONOTEÍSMO: O Deus supremo geralmente não possui representação visual, mas os secundários sim. Utilizam símbolos mais abstratos e de significados complexos.
ATEÍSMO: O Não-Ser supremo não pode ser representado, mas há muitas retratações dos seres iluminados. Há vários símbolos representativos da natureza e metafísica do Universo.
Neo PANTEÍSMO: Diversos símbolos e mitos de diversas outras religiões são resgatados e reinterpretados, também não há representação específica do Ser Supremo mas pode haver de outros seres elevados.




RITUAIS
PANTEÍSMO: Geralmente ligados a natureza e ocorrendo em contato com esta. É comum o uso de infusões de ervas, danças, oráculos e cerimônias ao ar livre.
POLITEÍSMO: Passam a surgir os templos, embora em geral não abandonem totalmente os rituais ao ar livre. Em muitos casos ocorrem os sacrifícios humanos, oráculos e as feitiçarias de controle ambiental.
MONOTEÍSMO: Geralmente restritas ao templos, as hierarquias ritualistas são mais rígidas, não há oráculos pessoais mas sim profecias generalizadas com base no livro sagrado. Não há rituais de controle ambiental.
ATEÍSMO: Embora ainda comuns nos templos são também frequentes fora destes. Desenvolvem-se técnicas de concentração, meditação e purificação mais específicas, baseadas antes de tudo no controle dos impulsos e emoções.
Neo PANTEÍSMO: Em geral baseados no uso de "energias" da natureza. Não mais têm influência nos processos civis, sendo restritos a curas, proteção contra ameaças físicas e extrafísicas.




EXEMPLOS
PANTEÍSMO: Religiões silvícolas, xamanismo, religiões célticas, druidismo, amazônicas, indígenas norte americanas, africanas e etc.
POLITEÍSMO: Religião Grega, Egípcia, Xintoísmo, Mitologia Nórdica, Religião Azteca, Maia etc.
MONOTEÍSMO: Bhramanismo, Zoroastrismo, Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Sikhismo.
ATEÍSMO: Orientais: Taoísmo, Confucionismo, Budismo, Jainismo.
Ocidentais: Filosofias NeoPlantônicas, Ateísmo Filosófico (Não Religioso)
Neo PANTEÍSMO: Espiritsmo Kardecista*, Racionalismo Cristão, Neo-Gnosticismo, Teosofia, Wicca, "Esotéricas", etc.

*Apesar do Kardecismo não se considerar Panteísta e sim antes Monoteísta.


PANTEÍSMO
As religiões primitivas são PANTEÍSTAS, acredita-se num grande "Deus-Natureza". Todos os elementos naturais são divinizados, se atribuí "inteligências" espirituais ao vento, a água, fogo, populações animais e etc.
Há uma clara noção de equilíbrio ecossistêmico, onde é comum ritos de agradecimento pelas dádivas naturais e pedidos às divindades da natureza, em alguns casos requisitando autorização mesmo para o consumo da caça que embora tenha sido obtida pelo esforço humano, seria na verdade permitida, se não ofertada, pelos entes espirituais.
A relação de dependência do ser humano com o ecossistema é clara, assim como a de parentesco e de submissão. As entidades elementais da natureza estão presentes em toda a parte, conferindo a onisciência do espírito divino. Embora haja a tendência da predominância de um presença mística feminina, a "mãe-terra", o elemento masculino também é notável a partir do momento que os seres humanos passam a compreender o papel do macho na reprodução. Ocorre então a presença de dois elementos divinos básicos, o Feminino e Masculino universal.
É um domínio de pensamento transcendente, mais compatível com a subjetividade e a síntese, não sendo então casual que este seja o tipo religioso onde as mulheres mais tenham influência. A presença de sacerdotisas, bruxas e feiticeiras é em muitos casos, muito mais significativa que a de seus equivalentes masculinos.
Todas essas religiões são ágrafas, sem escrita, com exceção é claro dos NeoPanteísmos contemporâneos. Portanto são as mais envoltas em obscuridade e mistérios, não tendo deixado nenhum registro além da tradição oral e de vestígios arqueológicos.

POLITEÍSMO
Com o tempo e o desenvolvimento as necessidades humanas passam a se tornar mais complexas. A sobrevivência assume contornos mais específicos, o crescimento populacional hipertrofiado graças a tecnologia que garante maior sucesso na preservação da prole e da longevidade, gera um série de atividades competitivas e estruturalistas nas sociedades, que se tornam cada vez mais estratificadas.
Nesse meio tempo a influência racional em franca ascensão tenta decifrar as transcendentes essências espirituais da natureza. Surge então o POLITEÍSMO, onde os elementos divinos são então personificados com qualidades cada vez mais humanas. O que era antes apenas a Água, um ser de essência espiritual metafísica e sagrada, agora passa a ser representada por uma entidade antropomórfica ou zoomórfica relacionada a água.
No princípio as características dessas divindades não são muito afetadas, mas com o tempo, a imaginação humana ou a tentativa de se adequar as religiões às estruturas sociais, elas ficam cada vez mais parecidas com os seres humanos comuns, surgindo então entre os deuses relacionamentos similares aos humanos inclusive com conflitos, ciúmes, traições, romances e etc. E cada vez mais os deuses perdem características transcendentes até que a "degeneração" chegue a ponto destes se relacionarem sexualmente com seres humanos, o que significa a perda da natureza metafísica, da característica invisível, ou mais, de haver relações físicas e pessoais de violência entre humanos e divindades, sem qualquer caráter transcendente.
Em muitos casos é difícil distinguir com clareza se determinadas religiões são Pan ou Politeístas. Mesmo no estágio Panteísta por vezes pode-se identificar com muita evidência algumas personificações das entidades divinas, mas algumas características como as citadas no parágrafo anterior são exclusivas do politeísmo. É possível que os elementos que contribuam ou realizem essa transição sejam o Animismo, Fetichismo e Totemismo.
Ocorre também uma relativa equivalência entre deidades femininas e masculinas, embora as masculinas mostrem sinais de predominância a medida que o sistema de crenças se torne mais mundano, características de uma fase mais racional e técnica onde muitas vezes a religião politeísta caminha junto com filosofias da natureza.
É sempre nesse estágio também que as sociedades desenvolvem escrita, ou pelo menos passa a utilizar símbolos abstratos e códigos visuais mais elaborados, no caso do politeísmo asiático, egípcio e europeu por exemplo, evoluiu para um sistema de escrita complexo.
Muitas destas religiões têm então, narrativas de seus mitos em forma escrita, mas tais não possuem o valor e a significância de uma Revelação propriamente dita.
Num estágio final tende a ocorrer o fenômeno da Monolatria, onde a adoração se concentra numa única divindade, o que pode ser o ponto de partida para o Monoteísmo.

MONOTEÍSMO
Chega um momento onde o Politeísmo está tão confuso, que parece forçar o "inconsciente coletivo", ou a "intuição global" a buscar uma nova forma de crença. Alguém precisa pôr ordem na casa, surge então um poderoso Deus que acaba com a confusão e se proclama como o Único soberano. Acabam-se as adorações isoladas e hierarquiza-se rigidamente as deidades, de modo a se submeter toda a autoridade do universo a um ente máximo.
O MONOTEÍSMO não é a crença em uma única divindade, mas sim a soberania absoluta de uma. A própria teologia judáico-cristã-islâmica adota hierarquias angélicas que são inclusive encarregadas de reger elementos específicos da natureza.
Um elemento que caracteriza mais claramente o MONOTEÍSMO mais específico, Zoroastrista, Judáico, Cristão, Islâmico e Sikh, é antes de tudo a ausência ou escassez de representações icônicas do Deus supremo, e sua desatribuição parcial de qualidades humanas, nem sempre bem sucedida. Já as entidades secundárias são comumente retratadas artisticamente.
A própria mitologia grega através da Monolatria, já estaria a dar sinais de se dirigir a um monoteísmo similar ao que chegou a religião Hindu, ou a egípcia com a instituição do deus único Akhenaton, embora ainda impregnadas fortemente de Politeísmo a até de reminiscências Panteístas no caso do Bhramanismo. Zeus assomava-se cada vez mais como o regente absoluto do universo. Entretanto um certo obstáculo teológico impedia que tal mitologia atingisse um estágio sequer semi-Monoteísta. Zeus é filho de Chronos, neto de Urano, essa descendência evidencia sua natureza subordinada ao tempo, ele não é eterno ou sequer o princípio em si próprio, que é uma característica obrigatória de um Deus Uno e absoluto como Bhraman ou Jeová.
Um fator complicador é que todas essas religiões apesar de seu princípio Uno, são também Dualistas, pois contrapõem um deus do Bem contra um do Mal. Entretanto não se presta "Sob Hipótese Alguma!", qualquer culto ao deus maligno, como ocorre nas Politeístas. Saber se o deus maligno está ou não sujeito afinal ao deus supremo é uma discussão que vem rendendo há mais de 3.000 anos.
Diferente do estado Panteísta original não ocorre harmonia entre os opostos, e um deles passa a ser privilegiado em detrimento do outro. Sendo assim onde antes ocorria a divinização dos aspectos Masculinos e Femininos do Universo, e a sacralidade da união, aqui ocorre a associação de um com o maligno, fatalmente do elemento Feminino uma vez que todas as religiões monoteístas surgiram na fase patriarcal da humanidade.
O Bhramanismo sendo o mais antigo, ainda conserva qualidades tais como veneração a manifestações femininas da divindade, não condena a relação sexual e ainda detém a crença reencarnacionista que é uma quase constante no Panteísmo. Do Politeísmo guarda toda um miríade de deuses personificados, com estórias bastante humanas que envolvem conflitos e paixões. Mas a subordinação a um Uno supremo, no caso representado pela trindade Bhrama-Vinshu-Shiva, é clara. O panteão anterior Hindu foi completamente absorvido pelo monoteísmo Bhraman, e conservou até mesmo a deusa Aditi, que outrora fora a divindade suprema.
Já os monoteísmos posteriores, mais afastados do fenômeno panteísta, entram em choque mais evidente com o Politeísmo que geralmente está em estado caótico. Ocorre um abafamento da religião anterior pela nova e seu caráter patriarcal e associado a violência, especialmente a partir do Judaísmo, se impõe de forma opressiva. As divindades femininas são erradicadas ou demonizadas, sendo então obrigatoriamente associadas ao elemento maligno do universo. Esse fenômeno acompanha a queda da condição social feminina na sociedade.
Embora as teologias monoteístas, especialmente na atualidade, se esforcem para afirmar o contrário, o deus único Hebreu, Cristão e Islâmico, basicamente o mesmo, assim como o do anterior Zoroastrismo e posterior Sikhismo, são nitidamente masculinos, aparentemente renegando o aspecto feminino divino do universo, mas na verdade o absorvendo, uma vez que ao contrário de deuses "supremos" Politeístas como Zeus, Osíris e Odin, eles são carregados de atribuições de amor e compaixão, embora ainda conservem sua Ira divina e seus atributos violentos, o que resulta em entidades complexas, que possuem aspectos paternos e maternos simultâneamente.
Tal como a própria emocionalidade, esse é o período mais contraditório da evolução do pensamento Teológico. Apesar de estar sob o domínio de uma característica de predominância subjetiva, é o momento onde as sociedades se mostraram paradoxalmente mais androcráticas. Os elementos femininos são absorvidos pelo Deus Único dando a ele o poder de atrair e seduzir as massas pela sua bondade, mostrando sua face benevolente, mas por outro lado a espada da masculinidade está sempre pronta a desferir o golpe fatal em quem se opuser a sua soberania.
Tal união, confere aos deuses monoteístas um poder supremo inigualável, e tal contradição, tal desarmonia intrínseca, resultou não por acaso no período religiosamente mais violento da história. As religiões monoteístas, especialmente o trio Judaísmo-Cristianismo-Islamismo, são as mais intolerantes e sanguinárias da história.

ATEÍSMO
As religiões aqui caracterizadas como Ateístas negam simplesmente a existência de um Ser Supremo central, que tudo tenha criado e a tudo controle, e talvez seja nesse grupo que se sinta mais radicalmente a ruptura entre Ocidente e Oriente, mas basicamente o Ateísmo religioso tende a funcionar da seguinte forma.
Se o Monoteísmo tenta acabar com o "pandemonium" Politeísta e estabelecer uma nova ordem por algum tempo, acaba por também se mundanizar. As autoridades religiosas interferindo fortemente na política e na estruturação social, enfraquecem como símbolos transcendentes. A inflexibilidade fundamentalista do sistema se revela injustificável ante a problemática social e as conquistas e descobertas filosóficas e científicas e num dado momento o sentimento de descrença é tal que deixa-se de acreditar num deus. Surge o ATEÍSMO.
Esse é o ponto crucial, a razão pela qual de fato não acredito que existam Ateus no sentido mais profundo do termo, no máximo "agnósticos".
Geralmente o ateu não é aquele que desacredita do "invisível", de qualquer forma de Téos, mas sim o que descrê dos deuses personificados e corrompidos. Afinal até o mais materialista e cético dos cientistas trabalha com forças invisíveis! Fenômenos da natureza ainda inexplicáveis.
Gravitação Universal, Lei de Entropia, Mecânica Quântica e etc. não podem ser vistas! Apenas seus efeitos. Tal como sempre se alegou com relação aos deuses.
No que se refere a uma visão do Princípio, não creio fazer diferença acreditar que um corpo é atraído para o centro da Terra por uma força invisível da natureza ou pela vontade de um deus também invisível. Há apenas uma maior compreensão racional do fenômeno, com maiores resultado práticos, mas de um modo ou de outro, a explicação possui um certo caráter de fé, tão racionalmente satisfatório para o cientista quanto para o religioso, capaz de explicar com clareza o funcionamento do mundo e mesmo quando isso não ocorre, admiti-se como mistérios divinos, ou causas científicas ainda desconhecidas.
No caso do Oriente, o Ateísmo religioso surge principalmente na Índia, sob a forma do Budismo e do Jainísmo, e na China, sob o Taoísmo e o Confucionismo. Todas essas religiões possuem textos base com certo grau de respeitabilidade mística ou filosófica, mas o grau de liberdade com que se pode reinterpretar ou mesmo discordar destes textos é incomparável em relação aos livros sagrados Monoteístas.
E nesse nível que muitas posturas passam a ser desconsideradas como religiões, sendo tidas em geral como filosofias. No Ocidente, tal movimento ocorreu também na Grécia Antiga, através de Filósofos da Natureza que estabeleciam como princípio primário universal alguma "substância" completamente impessoal. Mais especificamente, Aristóteles colocava o MOTOR IMÓVEL como o princípio primário, e PLOTINO, estabelecia o UNO. Porém essa breve ascensão do Ateísmo filosófico e científico ocidental foi logo minada pelo sucesso do Monoteísmo cristão.
O Ateísmo no Ocidente só surgiu novamente após a renascença, no Iluminismo, onde outras formas filosóficas se desenvolveram, mas a mistura destas com os Neo Panteísmos e o avanço científico em geral resulta num quadro difícil de se diferenciar.
Mas o ponto mais complexo na verdade, e que Ateísmo e Panteísmo se confundem.

Religiões ATEÍSTAS e NEO-PANTEÍSTAS
As religiões Ateístas não crêem numa entidade suprema central, mas pregam a interdependência harmônica do Universo, da mesma forma que o Panteísmo.
Pregam a harmonia dos opostos como Yin e Yang, da mesma forma que a harmonia entre a Deusa e o Deus no Panteísmo, e constantemente adotam um posição de neutralidade em relação aos eventos.
Provavelmente não por acaso TAOÍSMO e BUDISMO são as mais avançadas das grandes religiões num sentido metafísico, racional e mesmo científico. São imunes a contestação racional pois seus conceitos trabalham num plano mais abstrato mas ao mesmo tempo capaz de explicar a realidade, e fartos de paradoxos escapistas, sendo extremamente mais flexíveis que as religiões monoteístas por exemplo. Não há casos significativos de atrocidades cometidas em nome destas religiões em larga escala como as monoteístas ou nas politeístas monolátricas.
Porém, barreiras intransponíveis impedem que essas religiões sejam nesse esquema de divisão, classificadas como Panteístas. TAOÍSMO e CONFUCIONISMO que são chinesas equanto o BUDISMO e o JAINISMO Indianos, são religiões letradas. Possuem seus escritos fundamentais como os Sutras Budistas, o Tao Te-King Taoísta e os Anacletos Confucianos e os textos dos Tirthankaras Jainistas. Todas possuem seus mentores, Buda, Lao-Tsé, Confúcio e Mahavira. E todas são muito desenvolvidas filosoficamente, por vezes sendo consideradas não religiões, mas filosofia. Todas essas características inexistem no Panteísmo primitivo.
Portanto isso me leva a classificá-las como RELIGIÕES ATEÍSTAS, por declararem a inexistência de um Ser Supremo. Pelo contrário, o TAO ou o NIRVANA, o centro de todo o Universo segundo o Taoísmo e Confucionismo, e o Budismo, são uma espécie de Vazio, um Não-Ser.
Já o Neo-Panteísmo possui sim seus textos. É o caso do Espiritismo Kardecista, do Bahaísmo, do Racionalismo Cristão e etc. Embora muitos insistam em negar-se como Panteístas se inclinando para o Monoteísmo, porém uma série de fatores a distanciam muito deste grupo. Tais como:
A ênfase atenuada dada ao livro base da doutrina, que embora seja uma revelação, não tem o mesmo peso dogmático e em geral se apresenta de forma predominantemente racional. A postura passiva e não proselitista, e muito menos violenta, do Monoteísmo tradicional. A caraterização de seu fundador que mesmo sendo dotado de dons supra-naturais, não reivindica deificação e nem mesmo reverência especial. E o mais importante, diferenciando-as principalmente do Monoteísmo "Ocidental", o tratamento totalmente diferenciado dado a questão da existência do "Mal". Esses são alguns exemplos que tendem a afastar essas novas religiões, que prefiro agrupar na categoria Neo-Panteísmo, do grupo das Monoteístas.




PANTEÍSMO

=>
Deus é Tudo

POLITEÍSMO

=>
Deus é Plural

MONOTEÍSMO

=>
Deus é Um

ATEÍSMO

=>
Deus é Nada


Evidentemente, afirmar que DEUS é TUDO é muito similar a afirmar que é NADA. O ZERO é tão imensurável e incalculável quanto o INFINITO. Eles não podem ser medidos ou divididos, assim como não se divide por eles.
Vale lembrar que não se pode também rotular tal ou qual religião como meramente Pan, Poli ou Monoteísta. Muitas passaram pelas várias fases nem sempre de maneira perceptível e consensual. O próprio Budismo tem várias escolas bastante diferentes entre si, e mesmo o Cristianismo tem suas variantes com direito a reencarnação e sexo tântrico, e cujas atribuições de Deus o afastam das características monoteístas. Mas o processo macro, inconsciente, me parece ser esse! O de fases "psicohistóricas" que vão na forma:
?-PANTEÍSMO-POLITEÍSMO-MONOTEÍSMO-ATEÍSMO-?PANTEÍSMO
Outro ponto importante é que jamais uma dessas formas religiosas deixou de existir totalmente, principalmente na atualidade onde a intolerância religiosa não é mais "tolerada" na maior parte do mundo. Esses tipos de religiões se misturam e se confundem, o que explica porque qualquer tentativa de se classificar as religiões é tão complexa.
Até mesmo essa divisão esquemática apresenta problemas, como a notável diferença entre o Monoteísmo "Ocidental", Judaísmo-Cristianismo-Islamismo, fortemente interligadas, o Monoteísmo Oriental, Hindu, Bhramanismo e Sikhismo, e o sempre complexo Zoroastrismo, de características fortemente Maniqueistas, o que viria por vezes a suscintar a questão de se o Maniqueísmo, que tem forte influência sobre o Gnosticismo e o Catolicismo, poderia ser considerado Monoteísta.








SÍMBOLOS

O mantra sagrado "OM" ou "AUM" Hindu. Representa o "Som" primordial. A Roda do DHARMA budista, ou "Roda da Vida".
O Tei-Gi do Taoísmo. Simbolizando a interdependência dos princípios universais Yin e Yang. A estrela de Davi. Um dos símbolos do Judaísmo e do estado de Israel.
A cruz do Cristianismo. Encruzilhada entre o material e o espiritual. A Lua e Estrela Muçulmana, oriunda de um dos mais antigos estados a adotar o Islã.
Nenhuma religião em especial mas algumas igrejas protestantes costumam usar um livro como símbolo.








Outros sites para visitar:
http://www.religiaodedeus.org.br/ link para anexar


3 comentários:

  1. Muito Interessante!!!Gostei...

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  2. ÓTIMO ASSUNTO PORÉM POLÊMICO , A POESIA ISTO OU AQUILO PERFEITA . ACREDITO QUE DEUS ESTAR COMIGO A TODO MOMENTO DE VIDA,SOU CATÓLICA PORÉM NÃO SO COMO RÓTULO DE QUEM NÃO TEM RELIGIÃO E SE DIZ SER.PRATICANTE , ME ORGULHO MUITO DE TER SIDO BATIZADA,CRISMADA , CASADA .TENHO DIVERSOS COLEGAS QUE TEM OUTRAS CRENÇAS,ESPÍRITA ,EVANGÉLICOS , NÃO DISCRIMINO, PELO CONTRÁRIO UMA VEZ UM COLEGA EVANGELICO DISSE QUE EU ERA MARAVILHOSA MAS QUE SÓ FALTAVA EU ACEITAR JESUS , E NÃO ME CALEI E DISSE JÁ ACEITEI A MUITO TEMPO QND FUI GERADA POR MEUS PAIS E CONFIRMEI NO MEU BATISMO E OUTROS SACRAMENTOS . QUE DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS .

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  3. Muito Bom!!!

    Você buscou dados históricos, conceitos e estudos abrangentes e resumindo com legitimidade da história da humanidade até os dias atuais. Colocando que durante a maior parte da história da humanidade estiveram vinculados ao poder político e social, apesar de todo o avanço científico e tecnológico que atingimos hoje.

    Acredito que o crescimento, amadurecimento e o alimento espiritual é essencial em nossas vidas, como o crescimento, amadurecimento e alimento material. Um está ligado ao outro. Precisamos estudar com entendimento e sabedoria, como você colocou humildimente no inicio do artigo. Parabéns!!!

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